A eleição municipal em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, registrou nesta semana uma espécie de ‘dança das cadeiras’ envolvendo ex-governadores que já foram protagonistas da política estadual.
Governador entre 2007 e 2014, André Puccinelli (MDB), 75, anunciou sua desistência na corrida para a prefeitura alegando falta de apoio político e estrutura para a campanha.
Puccinelli vinha tentando articular uma aliança com o PL, mas esbarrou em Jair Bolsonaro, que deve apoiar a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP). Também tentou sem sucesso repetir a aliança com Solidariedade, partido que o apoiou na disputa pelo governo em 2022, quando terminou em terceiro lugar.
A tendência é que o MDB anuncie apoio à candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB), estreitando a aliança entre os dois partidos que vem sendo construída com o aval do governador Eduardo Riedel (PSDB).
“Os dois partidos têm uma aliança forte no interior, o que facilita o entendimento na capital. André tem um legado com Campo Grande e será muito bem-vindo com sua experiência”, afirma Pereira.
Enquanto Puccinelli deixou a disputa, outro ex-governador anunciou sua entrada na corrida pela prefeitura de Campo Grande: José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, 74, que foi governador entre 1999 e 2006.
Zeca será candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Camila Jara (PT). A ideia é apresentar uma chapa que una a juventude da petista, que tem 29 anos e é deputada federal em primeiro mandato, com a experiência do ex-governador.
Puccinelli e Zeca do PT já se enfrentaram na disputa pela prefeitura de Campo Grande em 1996, com vitória por margem estreita para o emedebista. Dois anos depois, o petista seria eleito governador.
Com informações da Folhapress, por JOÃO PEDRO PITOMBO