Simulação mostra que aqueles com base eleitoral serão mais votados
Em Campo Grande 643 candidatos aptos tentam uma das 29 cadeiras da Câmara Municipal e um número grande está usando as redes sociais como forma de contato para atingir o eleitor. Para especialista em política esse cenário somado a falta de coligações e novas regras para determinar cociente eleitoral pode levar o PSDB, MDB e PSD a ter bancadas maiores.
Segundo, o cientista político doutor Victor Garcia Miranda, que também é professor da UFMS (Universidade Federal de MS) as eleições deste ano, têm uma mudança importante, mas a determinância do poder pode ficar com os maiores partidos. “Porém, mesmo sendo significativa fizemos simulações na Universidade e os resultados indicam que vai haver uma substituição mais de acordo com a ordem natural de votação”. Ou seja, apesar de impactar os, os candidatos que já têm uma boa posição e base eleitoral podem ser os mais votados.
“Pela situação de pandemia, pode ser que tenha uma evasão e com menos votos válidos, o cociente será menor. Portanto, o critério de total de votos será menor para conseguir uma cadeira. Os partidos menores podem se beneficiar disso, mas a tendência é a seguinte: na última eleição tivemos a enfermeira Cida, por exemplo, que foi eleita mesmo ranqueada muito abaixo de outros candidatos. Nas nossas simulações e se esse critério tivesse sido usado na eleição passada, outros nomes que estão acima da enfermeira Cida, teriam muito mais chance de serem eleitos, ou seja, a ordem natural ‘da sequência’ que vai ser mais importante nessa eleição. Isso a gente pode afirmar com clareza”, explica.
Miranda cita que é possível que partidos como PSDB, PSD e MDB consigam manter uma bancada forte na Casa de Leis. “Vai ser possível sim, porque a tendência na simulação que fizemos aqui [na Universidade], é que siglas fortes permaneçam e na cidade, esses partidos são até o momento os melhores posicionados no cenário. A diferença é que antes, com as coligações, outros partidos menores podiam entrar pegando votos ali no meio. Hoje é ao contrário, já que esses partidos menores vão atingir a duras penas o cociente eleitoral” explica.
Os partidos
Os presidentes municipais dos partidos confirmam a simulação do especialista e possuem expectativas de eleger entre cinco e sete vereadores.
Em contato com o presidente municipal do PSDB, vereador João César Mattogrosso, ele explicou que o partido trabalhar para eleger cinco vereadores. “Acredito que os dois partidos que vão fazer maior quantidade de vereadores é o PSDB e o PSD. A gente acredita que vai fazer uma bancada forte porque cada nós temos um time, espólio eleitoral e base política. Estamos falando em uma campanha com mais de 700 candidatos e isso vai pulverizar muito. Mas, no nosso caso, estamos falando do PSDB que já tem oito vereadores. No momento não estamos pensando das sobras e estamos trabalhando muito para eleger ao menos cinco vereadores”, explicou o presidente.
(Reportagem completa na página 03 da versão digital do Jornal O Estado)