Entre reacionários que querem retomar o cenário político consagrado em 2018, oposição e mediadores que buscam um nome de coalizão e tentam fugir da briga ideológica, as eleições de 2026 podem contar com nomes não tão novos, mas que consideram a possibilidade, alguns para o cargo de deputado estadual, federal ou ainda o Senado.
Cotado pelo PT, Fábio Trad foi eleito pela última vez em 2018, já em 2022 ele tentou manter a vaga na Câmara Federal, mas não foi eleito. O ex-parlamentar, ainda filiado ao PSD, é plano B tanto para o senado, caso o governador Eduardo Riedel não apoie um nome petista e até mesmo para o Governo do Estado. O reforço foi considerado em uma fala do deputado Pedro Kemp (PT) .
Na Secretaria da Casa Civil, Eduardo Rocha, ex-deputado estadual, desistiu de concorrer em 2022 para apoiar Eduardo Riedel em sua primeira campanha. Ao jornal O Estado, ele deixou a resposta sobre 2026 em aberto. “Não sabemos. Futuro a Deus pertence, não sei. Hoje eu sou secretário, chefe da Casa Civil. Esse é o meu cargo hoje. Estou viajando o estado inteiro, mas em nome do governador, representando o governador”.
Após a comprovação de um esquema político que culminou em sua cassação, o ex-prefeito, Alcides Bernal, sinalizou expectativa de concorrer. “Na próxima eleição, elegeremos 2/3 do Senado da República, portanto será a oportunidade da maior renovação e os eleitores sul- -mato-grossenses deverão fazer a sua parte”. Ele foi cassado pela Câmara Municipal de Campo Grande em 2014 e, depois de 12 anos, a Justiça julgou improcedente a ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-prefeito.
Presidente do MDB em Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka ,que cumpriu o mandato de senador de 2011 a 2019, também é sondado para o Senado. No entanto, o MDB estuda uma federação com o PSDB e Republicanos, o que pode mudar as cartas a serem dadas no jogo.
Outro emedebista conhecido e de relevância no Estado, André Puccinelli, é sempre uma dúvida se vai ou não concorrer. Em 2022, ficou em terceiro lugar ao Governo do Estado, atrás do ex-deputado Capitão Contar e do governador Eduardo Riedel, e para o segundo turno declarou apoio ao bolsonarista.
Já em 2024, muitos esperavam que o veterano fosse se candidatar para o cargo de prefeito de Campo Grande, cadeira que já havia ocupado de 1997 a 2005, por dois mandatos consecutivos, aparecendo ainda entre os primeiros nomes em pesquisas de intenção de votos, mas a candidatura não veio. Agora, André Puccinelli, ex- -governador do Estado, é um dos principais articuladores do MDB e pode fazer parte da decisão do partido sobre nomes que ocuparão a Assembleia Legislativa e o Senado
Na mesma leva de candidatos ao governo de 2022, Capitão Contar se elegeu pela última vez em 2018, na “Onda Bolsonarista”. Desde então, ele abandonou o partido de Jair Bolsonaro e filiou-se ao PRTB, partido pelo qual disputou a última eleição e perdeu para Riedel no 2º turno. O ex-deputado ainda ensaia um acordo com a senadora Tereza Cristina (PP), no qual se filiará ao Progressistas para concorrer ao Senado, mas o PP fechou uma superfederação com o União Brasil, e tem como opções no Congresso Nacional o deputado federal Luiz Ovando, o deputado estadual Gerson Claro e ainda o secretário municipal de Infraestrutura da prefeita Adriane Lopes, Marcelo Miglioli.
Carol Chaves