Desaprovação de Lula atinge 57% e atinge maior patamar desde início da série da Genial/Quaest

Foto: divulgação/Ricardo Stuckert/PR
Foto: divulgação/Ricardo Stuckert/PR

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 57% em maio, o maior índice registrado pela pesquisa Genial/Quaest desde que a série começou, em junho de 2023. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (4), mostram uma oscilação negativa na percepção do governo federal: a aprovação caiu para 40%, o menor nível da série histórica. Ambos os números estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em todas as regiões do Brasil. O nível de confiança do levantamento é de 95%. Na avaliação geral do governo, a percepção negativa subiu de 41% para 43%. O grupo que considera a gestão “regular” caiu de 29% para 28%, enquanto os que a consideram “positiva” recuaram de 27% para 26%.

Nordeste resiste, Sudeste amplia rejeição

A maior aprovação segue concentrada no Nordeste, onde subiu de 52% para 54%. Já o Sudeste apresentou o maior índice de desaprovação do país, saltando de 60% para 64%. No Sul, a rejeição caiu levemente, de 64% para 62%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, que foram avaliadas em conjunto, a desaprovação passou de 52% para 55%.

Jovens mostram melhora na avaliação; faixa intermediária piora
Entre os mais jovens (16 a 34 anos), a avaliação de Lula melhorou: a desaprovação caiu de 64% para 60%, e a aprovação subiu de 33% para 37%. Por outro lado, entre pessoas de 35 a 59 anos, o cenário se inverteu: a desaprovação subiu de 54% para 59% e a aprovação caiu de 44% para 38%.

Não houve mudanças significativas na avaliação de homens e mulheres. Entre elas, a aprovação oscilou de 43% para 42%, enquanto a desaprovação foi de 53% para 54%. Entre os homens, os índices permaneceram estáveis: 59% desaprovam, 39% aprovam.

Escolaridade e renda

Pessoas com ensino fundamental formam o grupo com maior aprovação (50%), ainda que em queda frente aos 53% registrados em março. Já a desaprovação nesse grupo subiu de 43% para 47%. Entre quem tem ensino médio completo, a rejeição se manteve em 61%. Com ensino superior completo, houve leve recuo na desaprovação, de 65% para 64%.

O apoio ao presidente também segue mais forte entre quem ganha até dois salários mínimos (50%, contra 52% na pesquisa anterior). A desaprovação predomina entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, mesmo com leve recuo de 64% para 61%.

Pela primeira vez desde que a Genial/Quaest começou a detalhar a avaliação por religião, em julho de 2024, os católicos passaram a registrar maioria de desaprovação ao presidente. O índice subiu de 49% para 53%, enquanto a aprovação caiu de 49% para 45%. Entre os evangélicos, a rejeição permanece elevada, com 66%, contra 67% em março.

 

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