Deputados explicam como votaram projeto que criminaliza políticos

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A deputada Camila Jara (PT), é uma dos parlamentares que votaram a favor do projeto aprovado na noite da última quarta-feira (14), que prevê punição, de dois a quatro anos de prisão, quando um político ou autoridades forem discriminados por serem réus em processo judicial em andamento, ou quando ainda for possível recorrer na ação.

Foto: Deputada Camila

Camila explicou seu posicionamento. “Diante de tanto ódio que cerca a política, que é ferramenta da extrema direita para espalhar o medo e o caos, como vimos em 8 de Janeiro, temos a necessidade de proteger a classe política de situações de violência. O ódio não pode ser livre neste país. Devemos prezar e incentivar o embate de ideias com respeito mutuo entre todos os cidadãos.”, esclareceu como votou.

O deputado do PL, Rodolfo Nogueira também foi contrário a violência mas é contra o projeto. “Tentaram passar o projeto da censura, projeto das fake News, a câmara barrou, mas agora estão tentando novamente cercear a liberdade de expressão por meio dessa nova proposta de criminalizar quem falar mal de políticos. Sou contra violência, mas a população tem o direito de criticar o político sim quando ele fizer algo errado, mas com essa lei, os políticos que foram condenados ou que são réus por algum crime, além de não poderem ser criticados, os bancos serão obrigados a fornecer crédito para eles e eles poderão assumir cargos públicos normalmente. O projeto é de autoria da filha de Eduardo Cunha, deputada Dani Cunha, sou totalmente contra”, reinterou.

Os deputados do MS votaram assim: a favor foram os deputados Camila Jara (PT), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT). Foram contra ao projeto os deputados Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Luiz Ovando (PP) e Marcos Pollon (PL). Rodolfo Nogueira (PL) não votou.

O projeto prevê como discriminação: Acusar políticos por condutas que viraram caso de Justiça, mas que ainda não transitaram em julgado; Impedir o acesso a cargos de administração; Impossibilitar a promoção dentro do trabalho ou outro benefício profissional por motivos de relação política; Negar emprego em empresa privada por associação política; Negar abertura de contas bancárias apenas porque alguém é político, autoridade ou a eles associados.

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