Na manhã desta quarta-feira (09) durante mais alguns depoimentos de ex-integrantes que faziam parte do MST, o deputado Rodolfo Nogueira (PP), declarou que não há dúvidas de que o movimento age como grupos terroristas.
As declarações foram dadas durante a CPI do MST que está ocorrendo na Câmara dos Deputados há dois meses.
“Diante dos depoimentos de vários ex – militantes do MST e pelo modus operandi em todo Brasil, não deixa dúvidas que é um movimento terrorista”, afirma Nogueira.
Na ocasião, dois depoentes foram ouvidos como condição de testemunhas.
Os depoentes disseram que se negaram a continuar como integrantes do MST, pois não queriam mais obedecer às ordens dos líderes para saquear caminhões de carga, roubar e matar reses dos fazendeiros locais, invadir prédios públicos, bem como, participar de cursos para os assentados que ensinam ser militante com táticas de guerrilhas, incluindo treinamento militar (andar e correr em fila), marchar, rastejar (deitar e rolar), com gritos de palavras de ordem “vamos resistir”, “vamos ocupar”, “vamos quebrar”, “vamos saquear”, dentre outras.
Os depoentes também relataram que tiveram suas casas quebradas a machadadas por terem aceitado a titulação de suas terras pelo presidente Bolsonaro, em 2019.
Foram mais de 400 mil títulos de terras cedidos pelo governo do presidente Bolsonaro. De acordo com depoimentos da CPI, a titulação de terras de áreas invadidas pelos integrantes do MST desarticula o movimento. “Eles acabam perdendo a massa de manobra, como eles não tem mais aquele integrante para continuar a invadir terras e tocar o terror nos fazendeiros, eles acabam aterrorizando os que conseguiram regularizar suas terras”, explica Nogueira.
Depoentes Joviano e Noemia disseram aos deputados, na CPI, que integrantes do MST entraram na casa deles, derrubando o imóvel a machadadas, todos os pertences foram jogados em rodovia e que sobrou apenas um fogão e que eles aterrorizaram a senhora Noemia e sua filha, gritando que iriam queimar a residência caso não fosse desocupada.
Todos os depoimentos foram registrados por meio de Boletins de Ocorrências. Durante o depoimento do senhor Joviniano à Polícia Federal, ele conta que por ordem de um senhor de nome Misnerovicz, teve sua casa derrubada a machadadas, sua esposa agredida e sua filha, de 1 ano, foi sequestrada. Segundo ele, “mais de 200 pessoas cercaram e destruíram meu barraco, quebraram tudo que tinha lá dentro”. Também lhe confiscaram 200 galinhas e 80 sacas de milho. A criança foi devolvida tempos depois, com um dedo decepado.
Diante de tantos depoimentos, o deputado federal Rodolfo Nogueira conclui que as ações de integrantes do MST são considerados como movimentos terroristas.