Na reeleição de Riedel, todos podem estar “no mesmo time,” afirma o presidente do PSDB/MS
Em Brasília com os dirigentes nacionais do PSDB e do PL, o ex-governador Reinaldo Azambuja, líder da legenda em Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel, juntamente com o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez conversaram sobre a fusão ou incorporação do partido tucano com o Podemos e futura possibilidade de federação com o Republicanos, no entanto, qualquer decisão deve acontecer após a convenção nacional do PSDB em 5 de junho.
Ao Jornal O Estado, Reinaldo Azambuja ressaltou que após encontro na manhã de quarta-feira (21), com Marconi Perillo, presidente do PSDB e Renata Abreu do Podemos, a aliança já está “bem encaminhada”. Ele e Riedel foram novamente convidados a se filiarem ao PL em conversa amistosa com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL nacional, Valdemar Acosta e o senador Rogério Marinho (PL-RN). “Ele nos chamou para cuidar do partido, ajudar no fortalecimento, ter compromisso com a agenda da reeleição do Riedel e da composição das chapas aqui. Falamos que a gente analisa essa possibilidade, mas que nós só vamos ter decisão após o dia 5 de junho”.
Questionado se o PL apoiaria a reeleição do Riedel mesmo não havendo filiação, Reinaldo apontou que a conversa foi madura com “chances de estarem no mesmo time”.
O líder tucano tem conversado com as lideranças do PL em Mato Grosso do Sul e o diálogo também gira em torno da construção nacional de tornar Bolsonaro candidato a presidência, caso ele reestabeleça a elegibilidade. “Se ele não for, nós vamos ter uma candidatura de centro-direita dentro desse eixo aí, que também teria o nosso apoio”.
Sobre uma possível disputa com Tereza Cristina ao Governo do Estado, o ex-governador reafirmou que a relação com a senadora sempre foi de apoio e diálogo. “Nós temos uma aliança que perdura desde a eleição de 2022. A Tereza foi nossa candidata ao Senado e o Riedel a governador. A Tereza quer e tem todo o direito de pleitear a participação do PP e da Federação União Progressista na composição majoritária, nós entendemos que tem espaço para isso. Eu não acredito que ela seja adversária do nosso projeto. Ela estará junto construindo o projeto. Até porque ela também é partícipe”.
Ainda sobre a decisão dos governadores após convenção do PSDB que pode acompanhar fusão com o Podemos ou se filiar ao PL, há a possibilidade do PT sair da base do Governo do Estado, gerando oposição para a administração, no que Reinaldo avalia com tranquilidade devido a histórico da relação com o partido.
“Sempre teve uma convivência com o PT, boa nos mus oito anos de governo, sempre convivei bem com a bancada do PT. Hoje eles estão mais dentro do governo, porque eles compõem o governo do Riedel, mas eu acho que ainda é prematuro para falar isso. Vamos ver qual vai ser o encaminhamento político desse grupo […] Não tem nada decidido ainda”.
Após definição do PSDB a nível nacional, os dirigentes irão novamente reunir os prefeitos, vereadores e lideranças para “por na mesa as opções que nós temos”. “Vamos discutir conjuntamente com eles, nós não vamos tomar nenhuma decisão sozinhos”, concluiu.
Por Carol Chaves