Conflito entre gestões em Naviraí: ex-prefeita e atual prefeito trocam acusações sobre dívidas milionárias

Foto: reprodução/Prefeitura de Naviraí
Foto: reprodução/Prefeitura de Naviraí

A transição de poder na Prefeitura de Naviraí, gerou um intenso embate entre a ex-prefeita Rhaiza Matos (PSDB) e o atual prefeito Rodrigo Sacuno (PL). Acusações sobre um suposto rombo milionário marcaram as primeiras semanas da nova gestão, enquanto ambas as partes apresentam dados divergentes e responsabilizam-se mutuamente.

Prefeito aponta dívida de R$ 17 milhões

Em nota à imprensa, Rodrigo Sacuno afirmou que encontrou um cenário financeiro preocupante ao assumir a administração municipal. Segundo ele, o saldo real nas contas da Prefeitura foi de R$ 2.206.926,53, em contraste com os R$ 7.403.570,94 relatados por Rhaiza Matos. Além disso, Sacuno destacou que despesas de dezembro de 2024, no valor de R$ 17.229.012,84, não foram empenhadas, desrespeitando as normas de finanças públicas.

“Despesas obrigatórias, como contribuições para a previdência social e o pagamento do décimo terceiro dos servidores, totalizando R$ 5.008.048,28, também não foram empenhadas. Isso constitui crime contra as finanças públicas, conforme o art. 359-B do Código Penal”, destacou Sacuno. Ele afirmou que as contas anuais serão apresentadas ao Tribunal de Contas em março para comprovar as irregularidades.

Tabela apresentada no comunicado emitido pelo prefeito Rodrigo Massuo – Foto: reprodução

Ex-prefeita rebate acusações em live

Em resposta, a ex-prefeita Rhaiza Matos realizou uma live nas redes sociais, onde contestou os dados apresentados por Sacuno e acusou o atual gestor de vitimismo. Segundo Rhaiza, sua gestão deixou R$ 7.403.570,94 nas contas do município, dos quais R$ 4.793.540,07 estavam empenhados para pagamento.

Ela também refutou as declarações sobre a arrecadação municipal. “O prefeito declarou que a arrecadação seria de R$ 13 milhões. Essa informação é absolutamente equivocada. A receita corrente média é de R$ 28 milhões”, disse.

Rhaiza ainda apontou que Sacuno, enquanto vereador em sua gestão, teria se omitido de fiscalizar as contas públicas. “Durante os quatro anos, ele não apresentou nenhum requerimento sobre este assunto na Câmara Municipal e não compareceu a nenhuma audiência de prestação de contas”, afirmou.

Enquanto o atual prefeito promete transparência e a apresentação de provas documentais ao Tribunal de Contas, a ex-prefeita defende a regularidade de sua gestão e critica a falta de fiscalização anterior. A controvérsia deve ganhar novos desdobramentos nas próximas semanas.

 

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