Confira a coluna “Segredos de Estado” por Laureano Secundo

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Fatores extras

Na pré-campanha e até mesmo na campanha eleitoral, os “fatores extras” podem ser decisivos e não há uma definição do que possam ser fatores extras, pois vão desde denúncias até as gafes que os candidatos podem cometer. Com o advento das redes sociais, a utilização como instrumentos de campanha potencializou os “fatores extras” especialmente a partir das “fake news”, pois a disseminação de uma denúncia ficou fácil e depois que se espalha é difícil consertar o estrago, então uma eleição pode ser decidida com apenas um fator extra.

Mas os fatores extras não se resumem à troca de acusações e podem também ser um evento climático, por exemplo, que pode despertar a atenção do eleitor e a forma como o candidato reagirá será determinante, e podendo atrair ou perder votos. Na eleição para prefeito de São Paulo de 1988, é creditado o surgimento de Luiza Erundina, uma política até então sem muita expressão, a um episódio na entrada da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, quando trabalhadores foram atacados pela polícia quando faziam manifestação. Votar em Erundina, que nem estava entre os favoritos, foi a forma que uma parte do eleitorado encontrou para responder ao fato que provocou indignação em todo o país e ela acabou surpreendendo e tornou-se prefeita da maior cidade do país.

Barbosinha

O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, vem mantendo uma situação de indefinição quanto à sua candidatura à Prefeitura de Dourados, que já provoca uma certa inquietação nos meios políticos. Primeiro, ele trocou de partido anunciando a candidatura, depois abriu mão da candidatura e agora volta ao páreo.

PL

A troca de candidatos no PL também preocupa os diversos segmentos da política em Campo Grande. Até mesmo a fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro começa a ruir, pois um grupo bolsonarista já apresentou a sua rejeição e isso pode inclusive beneficiar candidaturas que estão fora do espectro da direita.

Alívio ou preocupação

O lançamento de uma candidatura majoritário pela federação Rede-PSOL provocou, ao mesmo tempo, alívio e preocupação. Preocupação, pois perdem tempo no horário eleitoral e alívio uma vez que pode amenizar a rotulação de chapa radical de esquerda uma vez que isso traria rejeição do eleitorado conservador.

Desgaste

Os vereadores de modo geral estão preocupados com o desgaste que toda a situação envolvendo Claudinho Serra (PSDB) trouxe e continuará trazendo caso não tenha uma definição de forma imediata. O presidente da Câmara, vereador Carlão Borges (PSB), por enquanto segurou, mas hoje já está isolado na defesa de Claudinho.

Pauta nacional

A senadora Tereza Cristina (PP) aos poucos vem priorizando pautas nacionais e isso já significa que ela se coloca definitivamente como uma opção para a disputa eleitoral de 2026, podendo até ser uma vice em chapas que devem surgir no segmento da direita. Ela espera continuar sendo o nome mais forte ligado ao agronegócio.

Capitão Contar

Muito embora tenha assegurado que só deverá participar da eleição de 2026, o ex-deputado e ex-candidato a governador, Capitão Contar (PRTB), acompanha atentamente toda a confusão envolvendo os pré-candidatos a prefeito de Campo Grande. Tendo bons números nas pesquisas, caso ocorra um caos, ele pode ser convocado pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

Meninos eu vi

Na eleição de 1994, após muitas trocas de candidatos, o grupo ligado ao ex-governador Pedro Pedrossian que inicialmente lançou o ex-conselheiro do Tribunal de Contas, João Leite Schimidt como pré-candidato a governador, acabou lançando Waldemar Justus Horns e acabou confirmando Levy Dias como candidato, tendo o então deputado Alberto Rondon como vice. Quando, a certa altura da campanha, se comentou que Pedro Pedrossian não estaria verdadeiramente apoiando Levy Dias, foi Rondon que respondeu.
– Político distribui dinheiro, mas sonega poder.

Frase
“Eu cumpro o que o presidente Bolsonaro mandar e, ele batendo o martelo, eu vou pra missão”
Tenente Portela, presidente municipal do PL e pré-candidato a prefeito de Campo Grande.

 

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