Confira a coluna ‘Segredos de Estado’

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Coluna Semanal de Terça com Laureano Secundo

Manda quem pode
Nem petista e muito menos bolsonaristas não gostam quando suas semelhanças são citadas por jornalistas, mas nesse momento de muitas articulações impossível não perceber que elas existem e podem ser notadas no processo de escolha dos candidatos das duas correntes políticas para a disputa eleitora, especialmente em Campo Grande. Nota-se claramente o poder tanto do atual presidente Lula entre os petistas quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro entre os seus seguidores de direita.

Camila Jara, quando teve a sua pré-candidatura contestada por Vander Loubet e Zeca do PT, que defenderam abertamente uma aliança para apoiar Rose Modesto, recorreu a Lula, e este fez os dois caciques petistas de MS recuarem. Bolsonaro, ao ser procurado pela Senadora Tereza Cristina, obrigou um recuo em sentido contrário por parte de meia dúzia de membros do PL que gostariam de uma candidatura própria. Nos dois casos, vale a vontade dos líderes máximos, o que evidencia a semelhança entre ambos.

Mão do Reinaldo
Dizem que a desistência da ex-deputada estadual Dione Hashioka em concorrer à prefeitura de Nova Andradina teve a forte influência do ex-governador Reinaldo Azambuja, que foi ao município e fez um acordo com o prefeito Gilberto Garcia. O maior beneficiado será o vereador Leandro Fedossi que terá ainda o apoio do deputado estadual Pedro Caravina.

Jerson Domingos
O provável retorno de Jerson Domingos à Assembleia Legislativa em 2026 já tem alguns movimentos sendo realizados nesta eleição, e um deles é a desistência do vereador Ademir Santana em concorrer a um novo mandato na Câmara municipal. Ademir deve assumir um cargo no Governo do Estado e, com isso, Claudinho Serra permanece na Câmara.

Acordão
Os principais líderes do PSDB tentam costurar um acordo em torno de uma possível candidatura do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, a prefeito de Dourados. A articulação passaria pela filiação dele ao PSDB. Barbosinha hoje está filiado ao PP, partido que já tem como candidato natural o prefeito Alan Guedes, que tentará a reeleição.

Dúvidas
Maicon Nogueira e Ulisses Rocha, considerados como “crias” de André Puccinelli terem debandado para o PP o primeiro para concorrer a uma vaga na Câmara e o segundo para assumir o cargo de Adjunto na Secretaria de Governo, agora comandada por Marco Aurélio Santullo por indicação da ministra Tereza Cristina. Isso tem provocado boatos de que Puccinelli se aproxima da candidatura de Adriane Lopes.

Mesmo destino
Em Dourados, o PL deverá seguir o mesmo caminho a ser percorrido pela direção do partido em Campo Grande, ou seja, indicar um candidato a vice. Essa teria sido a decisão tomada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro após reunião com a senadora Tereza Cristina e que os bolsonaristas não devem contestar.

Garantias
A ex-vice-governadora e ex- deputada estadual Rose Modesto teria apresentado à direção nacional do União Brasil um pedido de garantias para deixar o cargo e duas delas estão sendo avaliadas como impraticáveis em política. Ela quer indicar uma pessoa de sua confiança para o seu lugar na Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro Oeste) e caso venha a não ganhar a eleição para a prefeitura de Campo Grande, que retornar ao cargo.

Meninos eu vi
Corria a Campanha eleitoral e já na final, o candidato a vereador Thirson de Almeida tinha como certa a sua eleição, mas desconfiado de uma possível traição por parte de um dos seus aliados, promoveu uma reunião onde saiu conferindo quantos votos cada um dos seus assessores poderiam lhe garantir. Ao chegar perto daquele que ele mais desconfiava e por quem poderia estar sendo traído, ele perguntou quantos votos ele lhe daria. O assessor disse, dentre outras coisas, que lhe garantia os votos dos seus seis filhos. Thirson que sabia que o assessor tinha quatro filhos do segundo casamento e dois do primeiro, retrucou.
– Voto de filho de ex-mulher não conta, ainda mais quando o pai está atrasado com a pensão.

“Se o presidente Lula mantiver a oneração, os municípios poderão enfrentar impactos significativos”,Valdir Junior (PSDB), prefeito de Nioaque e presidente da Assomasul.

 

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