A lei da gravidade (política)
Por mais que (às vezes) afirmem delegar responsabilidade de definir candidatos para disputas regionais às direções nacionais, sempre são estabelecidos limites para os dirigentes dos diretórios regionais e estes às direções municipais dos partidos. É uma espécie de lei da gravidade mais severa, que dá liberdade ao homem, mas o impede de voar e, sendo assim, os membros de um partido podem escolher os candidatos, desde que estes tenham a aprovação da cúpula, que normalmente está em Brasília.
Em pelo menos dois partidos, é observada essa “livre e espontânea pressão” da direção nacional do PL e do PT, do PSB e do PDT. Dependendo da sigla, a vontade das direções regionais não deve prevalecer. No caso do PL, o partido pode ser obrigado a apoiar a reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes; no PT, a vontade de Lula em ter Zeca como candidato a prefeito pode prevalecer e o PSB poderá ter que indicar o vice de Beto Pereira. No PDT, é bem possível que o partido acabe indicando o companheiro de chapa de Zeca. Tudo isso, no entanto, pode mudar.
Manda quem pode
Pelo jeito e por orientação de cima, a direção do PT resolveu recolocar o nome do deputado estadual Zeca entre os pré-candidatos do partido à Prefeitura de Campo Grande. Para alguns, trata-se da velha história de manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Recuo
O deputado federal Dagoberto Nogueira tem atuado cada vez mais próximo do PSB e todos dão como certa a sua saída do PSDB, partido que entrou ao deixar o PDT. Como só pode mudar de partido em março de 2026, ele deve permanecer onde está, mas aumentando gradativamente sua influência na sua futura sigla.
Agora ou depois?
O ex-deputado estadual e ex-candidato a governador, Capitão Contar, ainda não sabe se será candidato a prefeito neste ano ou se volta a disputar o Governo do Estado, em 2026. Essa dúvida é o que estaria complicando sua filiação ao PL, uma vez que o partido parece cada vez mais perto de apoiar a reeleição de Adriane Lopes e em 2026, a candidatura de Tereza Cristina ao Governo do Estado.
Mudanças
As articulações para as futuras vagas no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul parece que estão mudando de percurso e cada vez que o tempo passa os favoritos começam a perder força. Novos nomes surgem, à medida em que a influência do atual governador Riedel aumenta, o mesmo acontece com a correlação de forças entre os deputados, na Assembleia Legislativa.
Belicoso O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) é o mais agressivo parlamentar na defesa dos ideais de direita e, ao lado de João Henrique Catan, recentemente escolheu como alvo Vander Loubet. Um dos seus pronunciamentos da tribuna da Assembleia Legislativa já lhe rendeu processo.
Velho
MDB O MDB terá como tática, tanto em Mato Grosso do Sul como em Brasília, ser o braço do governo. Renan Calheiros e outros já atuam fortemente pelo governo Lula e André Puccinelli, Carlos Marum e Simone Tebet também estão facilitando o trabalho de Eduardo Riedel.
Meninos, eu vi
O ex-prefeito de Maracaju, Luiz Gonzaga Prata Braga, tinha como slogan de sua administração “É tempo de loucura” e vivia com a parte de cima de sua camisa sempre aberta o que acabava provocando confusões com recepcionistas mais descuidadas em secretarias, Assembleia Legislativa e outros órgãos. Numa dessas, a recepcionista da governadoria queria que ele abotoasse a camisa, o que gerou um impasse resolvido pelo próprio Braga, que disse: – Se eu fechar a minha camisa, o governador não vai me reconhecer.
Por Laureano Secundo – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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