Confira a coluna: Segredos de Estado

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

A partir desta terça-feira (1º), os parlamentos municipais, estaduais e federais retornam ao trabalho, após o recesso de 15 dias e com os pensamentos voltados para as articulações, com vistas às eleições de 2024 e isso deve afetar o comportamento de deputados, senadores e vereadores. Alguns dos parlamentares devem, inclusive, entrar na disputa por prefeituras e mesmo que sejam candidatos, terão que apoiar políticos de seus grupos, para que possam receber o apoio de volta, em 2026.

A disputa eleitoral proporcional também deve influenciar na sobrevivência dos partidos, uma vez que terão que eleger um número mínimo de vereadores para continuar a receber as bem-vindas cotas do Fundo Partidário. Os partidos deverão manter especial atenção com relação ao cumprimento das cláusulas de barreira e, por fim, devem buscar o cumprimento de cotas para candidaturas de minorias e mesmo de participação feminina nas chapas, que devem ser compostas para concorrer às Câmaras municipais, pois podem enfrentar processo de impugnação.

Rejuvenescer

No PT, o surgimento de novas lideranças começa a atropelar lideranças antigas e a primeira vítima pode ser o ex- -governador e atual deputado estadual, Zeca, que enfrenta a concorrência da advogada Giselle Marques e da deputada federal Camila Jara. Em Dourados, Tiago Botelho atrapalha o projeto do ex-deputado e ex-prefeito Laerte Tetila, que chegou se lançar candidato na disputa de 2024.

Passarinho novo 

Mas essa onda de renovação não fica só no PT, pois o PSDB também assiste ao crescimento de novos políticos, como a deputada Lia Nogueira, que faz frente ao veteraníssimo Zé Teixeira e ao experiente Marçal Filho.

Mais bolsonarista

 O senador Nelsinho Trad, após receber nota 10 do ex- -presidente Jair Bolsonaro, fez o definitivo contorno à direita e muita gente não tem mais dúvida de que ele irá assinar ficha no partido em que o ex-presidente estiver filiado para a disputa eleitoral de 2026. PL e PP já o convidaram, mas ainda existe a possibilidade de Bolsonaro vir a criar um partido onde tenha o controle total.

Prudência 

Após ser dada como certa a transferência do seu domicílio eleitoral para São Paulo, a ministra Simone Tebet recuou e vai esperar pelo resultado da eleição do ano que vem para decidir sobre seu futuro. Dizem que uma possível vitória de André Puccinelli, na eleição da Capital, poderia levá-la a pensar em concorrer ao Governo do Estado.

Briga acirrada

 Continua um congestionamento de candidaturas entre os candidatos de direita, sendo que o mais novo pretendente à cadeira, hoje ocupada por Adriane Lopes, é João Henrique Catan. Ele garante que o PL terá candidato e se o deputado Marcos Pollon não se dispuser a concorrer, coloca seu nome na disputa. 

Sem alteração 

O governador Eduardo Riedel acredita que não terá alteração na sua relação com os deputados estaduais, por conta da aproximação do período de articulação para a definição das candidaturas a prefeitos e vereadores. Para evitar problemas, ele tem procurado permanecer distante do processo. 

Meninos, eu vi

 O ex-deputado Valdomiro Gonçalves fazia um empolgado discurso, em defesa do governador Pedro Pedrossian, quando um membro do PMDB começou a contestá-lo. Sem perder a calma, o parlamentar, ao identificar que quem o contestava era lotado no gabinete de um deputado do PTB, partido do governador, disse: – Não se esqueça que o seu deputado vai precisar só do meu voto para tentar a reeleição.

“ Não é hora de falar em eleição”Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul 

Por – Laureano Secundo  

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