A regra eleitoral (não) é clara
A cada eleição há um turbilhão de dúvidas sobre a Lei Eleitoral, o que gera outro turbilhão de ações na Justiça, questionando o resultado e tentando a impugnação de candidaturas. E muitos deputados, vereadores, senadores e até mesmo prefeitos e governadores passam o mandato brigando na Justiça, para permanecer no cargo. Tudo porque, a cada eleição, são aprovadas mudanças na Legislação e regras novas acabam criando mais confusão que tornam mais difícil a interpretação dos artigos.
A questão das quotas para as mulheres é um dos pontos mais complicados da Lei Eleitoral e, quase um ano após a eleição do ano passado, o resultado ainda é contestado e as ações tramitam de forma lenta na Justiça Eleitoral. Trata-se de uma legislação que nunca é respeitada pelos dirigentes partidários e as ações, que são movidas após as convenções e durante a campanha eleitoral, acabam não sendo julgadas antes do dia da eleição, o que faz com que o eleitor acabe correndo o risco de ter (indiretamente) o seu voto anulado.
Primeiros sinais
Algumas mudanças que já estão acontecendo na Secretaria de Cultura do Governo do Estado já seriam reflexos das recentes articulações, com vistas à disputa eleitoral de 2024 e outras já estariam em preparação para acontecerem nas próximas semanas.
Acertado
O ex-governador André Puccinelli já confirmou que o MDB estará com o PSDB na disputa de 2024, em Campo Grande, mas não sabe se indicará o vice ou se terá a cabeça de chapa, porém demonstrou pouco interesse em ser o vice do deputado, Beto Pereira, principal nome dos tucanos para concorrer à Prefeitura da Capital.
Tradição
Os vereadores da bancada do PSD, na Câmara Municipal de Campo Grande estariam preocupados com a tradição da família Trad de lançar filhos, irmãos e sobrinhos para permanecerem representados no Legislativo municipal. É que muitos temem comprometer suas respectivas reeleições numa chapa recheada de “Trads”.
Candidato
O presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB) vem dando uma no cravo e outra na ferradura. Ora diz que é candidato à reeleição, ora manifesta interesse em ser o candidato a prefeito para o que, segundo ele, atenderia a uma exigência da direção nacional do PSB.
Disputa acirrada
Em Ponta Porã, a disputa já tem dois nomes confirmados, que seriam o do atual prefeito, Eduardo Campos e do ex-candidato a deputado federal, Carlos Bernardo. Essa disputa deve opor PSDB e MDB que estariam aliados, na disputa pela Prefeitura de Campo Grande.
Antigos rivais
O deputado federal Geraldo Resende e o deputado estadual Zé Teixeira seriam, hoje, os dois únicos nomes que pretendem brigar para ser o candidato do PSDB a prefeito de Dourados. A deputada Lia Nogueira já deixou bem claro que não pretende entrar na disputa, caso Zé Teixeira mantenha a candidatura.
Meninos, eu vi
O ex-vereador Edson Shimabukuro, que morreu na madrugada dessa segunda-feira (19), logo na sua primeira campanha eleitoral enfrentou dificuldades com muitos eleitores, que não sabiam pronunciar direito o seu sobrenome, situação que o deixou com medo de perder votos e o levou a adotar um apelido que o acompanhou por muitos anos: My Bodi. Ao justificar, ele disse.
– A voz do povo fala mais alto e conta mais votos.
Por Laureano Secundo.