No Paraná, o vereador Eduardo Romero ganhou homenagem de um orquidófilo que batizou de Cattleya nobilior, variação Amaliae ‘Eduardo Romero’, um exemplar que passa a ser matriz para produção de novas plantas.
Quando uma espécie de orquídea é descoberta na natureza por pesquisadores orquidófilos ou se destaca entre as já conhecidas é catalogada e batizada. Junior Cesar Corrêa foi quem deu nome a espécie. Ele explica que quando um colecionador de orquídeas descobre uma nova matriz (nativa ou híbrida), ele a batiza com o nome de um homenageado.
A planta batizada passa a ser uma raridade e, por conta disso, colecionadores de várias regiões do País procuram adquirir e trabalhar nas proles futuras para manter as características genéticas e melhorar os padrões estéticos.
A Cattleya nobilior, ‘Eduardo Romero’, é uma subespécie das nativas encontradas no Mato Grosso do Sul, sendo esta variedade encontrada em Tocantins, Maranhão e Goiás. ‘Ela será utilizada como matriz e muita gente já busca por sua prole’, destaca o orquidófilo.
Junior Corrêa explica que acompanha o trabalho de Eduardo Romero pela valorização dos orquidófilos. E aponta o apoio todos os anos para a exposição estadual e nacional de orquídeas, que acontece no mês de agosto, em Campo Grande.
O evento passou a constar no calendário oficial de comemorações do aniversário do município. E é de autoria de Eduardo Romero a lei municipal que instituiu a Cattleya nobilior como flor símbolo da Capital.
Eduardo Romero disse que ficou surpreso com a homenagem, embora tenha um histórico com colecionadores de todo País, por meio das exposições de orquídea (nacional e estadual) realizadas em Campo Grande.
O vereador explica que não é colecionador de orquídeas, mas tem algumas em casa. Há anos como cidadão e desde que assumiu mandato na Câmara Municipal de Campo Grande, busca apoiar o trabalho dos orquidófilos. ‘Primeiro porque é importante no contexto de preservação de espécies, inclusive muitas delas não são mais encontradas na natureza, mas estão garantidas com colecionadores e segundo porque os eventos que eles promovem, em especial as exposições estadual e nacional, são de grande fraternidade. São sempre humanizados’, frisa.
O mercado de orquídeas e insumos movimenta milhões por ano. Um melhorista leva, em média, cinco anos para desenvolver uma nova variedade para depois cultiva-la em vasos e vender. A Cattleya é a mais procurada no território nacional.
(Texto: Julisandy Ferreira)