A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deverá analisar na reunião de quarta-feira (12) uma pauta com outras 53 proposições, entre elas um projeto de lei que prevê a obrigação do preso de ressarcir o Estado pelos gastos com sua manutenção.
O PLS 580/2015 estava pronto para votação em Plenário, porém os senadores decidiram enviá-lo para reexame na CCJ. Ao tornar obrigatório o ressarcimento, o projeto inclui a opção do uso de recursos próprios, além do pagamento por meio de trabalho.
De acordo com Soraya Thronicke, a intenção do projeto é atingir principalmente os condenados que podem arcar com os custos da sua prisão do próprio bolso, uma vez que os presos mais pobres já têm a previsão do trabalho.
Senadores reticentes quanto ao projeto afirmaram ter dúvidas sobre como os estados e municípios iriam operacionalizar a nova regra. Também apontam a falta de disponibilidade de oportunidades para os presos que queiram trabalhar sob a legislação que já existe. Além disso, as manifestações contrárias ao teor do texto foram numerosas e provocaram o adiamento da votação.
Na CCJ, o novo relator da proposta, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), apresentou novo substitutivo para deixar evidente no projeto que somente haverá obrigação de pagamento das despesas para os presos, sem condições financeiras, quando os presídios oferecerem condições de trabalho.
(Texto: João Fernandes com Agência Senado)