Cargo na Sudeco esbarra em apoio à base do governo e negociação

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Indicação tem na disputa Rose Modesto e Dagoberto Nogueira

O governo Lula, para construir uma base sólida no Congresso Nacional, tem negociado com partidos do centrão e distribuído alguns cargos. Ainda restam definições no chamado terceiro escalão, estatais etc. Em Mato Grosso do Sul, alguns nomes indicados estão aprovados e ainda restam outros. Um deles, que se tem comentado nos últimos dias, é o da ex-deputada, anteriormente PSDB e agora União Brasil, Rose Modesto.

Modesto também disputou o cargo para governadora de Mato Grosso do Sul, pelo União, e não se elegeu. Na época, o partido estava aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Recentemente, para atrair parlamentares como aliados do governo, alguns ministérios foram distribuídos à sigla. No entanto, o próprio líder do partido na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), declarou que não convém ao partido oficializar a sigla como aliada ao governo e aguarda definições de cargos.

Até mesmo no Estado, a presidente regional do União Brasil, senadora Soraya Thronicke, já demonstrou não fazer parte da base de Lula, no Senado. Assim, o nome de Rose Modesto, que teoricamente estaria ligada ao bolsonarismo, pode ter pressões para vingar em sua indicação à Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste).

O atual coordenador da bancada federal de MS é o deputado federal petista Vander Loubet, que seria um dos padrinhos na indicação de Modesto. Porém, fontes ligadas ao partido demonstram que o nome de Rose Modesto sofre restrições, exatamente pelo fato de a mesma e seu partido ainda ter ligações com o bolsonarismo. Embora muito recentemente, o Planalto tenha indicado para alguns cargos nomes ligados ao ex-presidente Bolsonaro.

Mais recentemente, surgiram novas situações, como o nome do deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB). Dagoberto sempre foi ligado ao PT, quando pertenceu ao Mais recentemente, surgiram novas situações, como o nome do deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB). Dagoberto sempre foi ligado ao PT, quando pertenceu aoquadro do PDT e recentemente tem votado de acordo com a base do governo Lula. O parlamentar teria escolhido seu ex-chefe de gabinete e ex- -superintendente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Mato Grosso do Sul, Sergio Roberto Castilho Vieira, para assumir essa vaga, na Sudeco. Outro aspecto que pode favorecer a indicação é que o presidente Lula tem agenda com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, nesta quarta-feira (22), durante almoço. Esse encontro, além de tratar de questões relacionadas ao Estado e também do Nordeste, pode ser uma possível aproximação do PT com o PSDB, que se declarou independente no Congresso. Lembrando que a governadora pernambucana é, atualmente, uma das lideranças nacionais dos tucanos, ao lado de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul e Eduardo Riedel, em Mato Grosso do Sul, os três governadores eleitos pelo PSDB, nas últimas eleições.

Essa situação ainda terá muitos desmembramentos, com forças contrárias e favoráveis. Resta saber como será o desenlace da indicação para a Sudeco, órgão importante para o desenvolvimento do Centro-Oeste e que muitos da base defendem que tenha um nome técnico a ocupar a vaga, não somente uma indicação política.

Por:Alberto Gonçalves – Jornal O Estado do MS.

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