Bolsonaro tem até hoje para apresentar provas de fraudes

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Presidente Jair Bolsonaro participa da Cerimônia de Assinatura do Acordo Brasil - EUA: Programa Lunar NASA ARTEMIS ao lado dos ministros Marcos Fontes, Carlos Franca e do embaixador americano Todd C. Chapman, no Palçio do Planalto. Sérgio Lima/Poder360 15.06.2021

Presidente disse não ter obrigação de provar “nada para ninguém”

Expira na segunda-feira o prazo para o presidente Jair Bolsonaro apresentar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) as provas das declarações dele de supostas fraudes nas eleições de 2018, mas o chefe do Executivo já ameaçou não dar satisfação alguma à corte eleitoral.

Nesta sexta-feira (2), Bolsonaro disse não ter obrigação de provar “nada para ninguém”, por mais que já tenha afirmado, em ocasiões anteriores, que divulgaria evidências comprovando que o último processo eleitoral para a Presidência da República foi fraudulento e que ele deveria ter ganhado no primeiro turno.

Sem se importar com a determinação do TSE, Bolsonaro ainda declarou que só apresenta as provas “se quiser”. Ele também prometeu se reunir com hackers para demonstrar falhas no sistema que o elegeu ao Palácio do Planalto.

“Eu pretendo, já fizemos contato com as pessoas que entendem do assunto, são hackers, para fazer uma demonstração pública. Lógico que a televisão não vai mostrar, eu vou fazer uma live. A tevê tem interesse em qualquer candidato, menos em mim. Eu acabei com a teta deles, pô. Era um dinheiro público de fazer pena”, disparou.

O chefe do Planalto tem sido o principal defensor da implementação de um modelo de votação em que os brasileiros possam certificar que a urna eletrônica registrou corretamente as suas escolhas, com a impressão de um comprovante logo após o eleitor finalizar o voto. A proposta está em discussão na Câmara dos Deputados e, segundo o presidente, isso é necessário porque a urna eletrônica tem sido “aperfeiçoada para o mal”.

A cúpula do TSE, contudo, tem feito reiteradas críticas ao projeto, em especial o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, para o qual uma mudança nesse sentido seria um retrocesso e poderia comprometer a segurança das eleições. Insatisfeito com a postura do magistrado, o chefe do Executivo induziu que Barroso está agindo a mando de terceiros.

“Eu não entendo o ministro Barroso ser um ferrenho opositor ao voto auditável. Nós queremos a transparência. Agora, não sei o que tem na cabeça dele, ou se ele é refém de alguém para estar nessa campanha, interferindo dentro do parlamento, se reunindo com lideranças e falando seus argumentos contra o voto aditável”, protestou. “Agora, se não passar, ele vai ter de inventar uma forma de tornar transparentes as apurações. Senão, eles vão ter problemas. Não é a minha vida. Mas se trata de algo mais importante, que é a nossa liberdade.” (Da redação)

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