Bancada de MS em Brasília repercute a fala de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que deu declarações se a esquerda “radicalizar” seria a hora de “um novo AI-5”.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelson Trad (PSD-MS) lamentou a fala. “Nenhum radicalismo e/ou extremismo fez ou fará bem a uma sociedade democrática. O equilíbrio e a sensatez de ações devem sempre prevalecer em uma democracia”.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone Tebet (MDB-MS) usou do seu microblog para expressar o repúdio à fala de Eduardo. “Estarrecedor e inaceitavável. Qualquer um que tenha vivido, ou tenha conhecimento mínimo, do que foram os atos institucionais, em especial o AI-5, não pode aceitar uma declaração como esta, não importa se de filho de Presidente da República ou não”.
Para o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) o comentário é irresponsável ainda mais vindo de um parlamentar que é filho do Presidente da República. E no caso de Eduardo Bolsonaro não se retratar, ele adianta que será apresentado um pedido de cassação do mandato dele na Comissão de Ética da Câmara.
“Ele foi eleito pelo voto popular dentro de um regime democrático, dentro das regras do estado democrático de direito. Ao tomar posse, o Eduardo Bolsonaro jurou defender a Constituição de 88. Ao falar da implantação de um novo AI-5 ele fere esse juramento. É uma fala repugnante. Quer dizer que a democracia só serve para eles, os apoiadores do Bolsonaro, quando é para eles chegarem ao poder? Quando precisam enfrentar oposição e ideias contraditórias eles falam em volta à ditadura? Isso não está certo e não deve ser admitido, vindo de quem quer que seja. Diversos parlamentares do Congresso Nacional estão reagindo”.
Usando a Tribuna na Câmara, o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) seguindo seus colegas de bancada também comentou sua insatisfação. “Esta declaração desafeta é inimiga da democracia. E revela, até diria sem receio de exagerar, o despreparo para a atividade pública em um País que vive em um estado democrático de direito. Lamentável, deplorável”.
(Texto: Laura Brasil)