Azambuja comemora mudança de patamar do Estado: somos o 1º em investimento per capita e o 6º em competitividade

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“Estado tem, hoje, um dos maiores potenciais de crescimento do País”

Mato Grosso do Sul completa 44 anos no dia 11 de outubro. Vislumbrando crescimento econômico, o Governo do Estado protocolou na Assembleia Legislativa, a proposta de LOA (Lei Orçamentária Anual) que prevê R$ 18.475.534.800,00 para o exercício financeiro de 2022, em Mato Grosso do Sul. A previsão eleva em 9,82% o orçamento do próximo ano se comparado a 2021: R$ 16.823.704.500,00.

Em entrevista ao jornal O Estado, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) informou que medidas tomadas na pandemia vão continuar como aplicação aquisição de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para profissionais da educação e alunos; o pagamento do Mais Social, para pelo menos, 100 mil famílias sul mato-grossenses; e o incentivo a vacinação a toda população, a partir dos 12 anos.

“Respeitamos as pessoas que não querem tomar a vacina, mas quando você olha os hospitais, a maioria das pessoas internadas e as que acabam morrendo são justamente as que não seguiram a ciência e não quiseram se imunizar. Por isso, estamos fazendo sempre um apelo para que elas reflitam e mudem essa posição em defesa da vida”, reitera.

Reinaldo Azambuja pontua que quando assumiu o governo teve de tomar medidas difíceis que não gostaria, até impopulares, mas que foram importantes para que hoje o Estado esteja em situação melhor econômica, com fôlego para investimento.

“Hoje, mesmo com as dificuldades da pandemia, que trouxe prejuízos para todo mundo, estamos colhendo os frutos. Pagar salário é obrigação, mas muitos Estados tiveram que atrasar e até parcelar. E quando não se consegue nem pagar salário é porque não tem dinheiro para mais nada, muito menos para investir, que é a obrigação, é devolver em melhorias os impostos que todos pagamos. Neste ano, antecipamos metade do 13° salário dos servidores, atendendo um pedido do comércio, injetando R$ 250 milhões na economia para ajudar um setor que foi muito prejudicado pela pandemia”, recorda o governador.

Azambuja destaca que tanto na Capital quanto no interior, o Estado tem se tornado um canteiro de obras e que isto também foi possível graças às parcerias com a iniciativa privada e ajudou a cuidar da saúde da população, no momento pandêmico, que ainda não acabou. Mas que tem mostrado número de internações e óbitos bem abaixo do que já foi visto.

“Vamos fechar o ano com excelentes números na geração de empregos. É o Estado que foi sonhado por todos nós há 44 anos, quando eu, ainda muito jovem, fui na Rua 14 de Julho comemorar a Divisão. Hoje vemos um Estado moderno, estruturado, o 6° mais competitivo do Brasil”, diz.

O Estado: MS desponta nacionalmente com os melhores percentuais entre os Estados vacinados em relação à população total. Poderemos ser um dos primeiros a chegar aos 90% imunizados no país atingindo a meta da OMS (Organização Social de Saúde)?

Azambuja: É verdade. Avançamos muito na vacinação e temos orgulho de ser o Estado que mais vacina no Brasil e com maior número de pessoas com a imunização completa, com as duas vacinas ou a dose única. Entre os adultos, 95% da população sul-mato-grossense já tomaram pelo menos uma dose e 77% completaram o ciclo vacinal. Isso é muito bom porque a vacina é o melhor antídoto para diminuir o número de infectados e óbitos.

Respeitamos as pessoas que não querem tomar a vacina, mas quando você olha os hospitais, a maioria das pessoas internadas e as que acabam morrendo são justamente as que não seguiram a ciência e não quiseram se imunizar. Por isso, estamos fazendo sempre um apelo para que elas reflitam e mudem essa posição em defesa da vida de cada um e das nossas famílias. O nosso avanço na vacinação já se traduz em uma grande redução na ocupação de leitos hospitalares e no número de mortes. Já estamos vacinando adolescentes a partir dos 12 anos e vamos vacinar o maior número de pessoas possível. Esse continua sendo o nosso desafio principal.

O Estado: O que já está sendo adotado visando a campanha de vacinação de 2022?

Azambuja: Neste ano, criamos um incentivo para as equipes que mais vacinam. Disponibilizamos o auxílio aos municípios que tem maior volume de aplicação para ser distribuído como gratificação às equipes que aplicam as vacinas. Isso acaba estimulando os municípios que vacinam aos sábados, domingos e horários noturnos. Nosso pessoal na área de saúde já começou a pensar no ano que vem e traçar estratégias para o nosso programa de imunização. Mas tudo ainda depende das orientações do Ministério da Saúde, que tem a responsabilidade de liderar nacionalmente esse processo. Por enquanto, nosso foco é encerrar bem essa etapa.

A terceira dose está sendo aplicada em idosos e imunossuprimidos que tomaram Astrazeneca ou Coronavac, com a vacina da Pfizer. E vamos nos preparar bem para o ano que vem, para continuar trabalhando com a máxima eficiência, rapidez e efetividade, como fizemos desde o início da pandemia.

O Estado: Por que o Estado não pretende adotar o “passaporte da vacina”? Este assunto passou a ser politizado?

Azambuja: Neste momento, o nosso foco total está na vacinação. A decisão sobre a instituição do passaporte é do Comitê do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), que é formado pelas pastas de Saúde, Gestão Estratégica, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública, Administração e Fazenda, além de Procuradoria, Controladoria e Consultoria Legislativa. O passaporte tem sido usado em algumas cidades e por alguns setores específicos que tradicionalmente reúnem grandes púbicos, como alternativa de proteção ao coletivo. Não somos contra a medida e para adotá-la bastar exigir o cartão de vacinação, sem nenhuma necessidade do Estado tornar o passaporte norma obrigatória. Do ponto de vista geral, por enquanto, o entendimento é de manter o foco e o estímulo na vacinação completa, sempre recomendando responsabilidade à população nesta fase final de pandemia. Não podemos e não vamos retroceder.

O Estado: A Rede Estadual de Ensino voltou a ter aulas 100% presenciais. Quais os desafios da educação pós-pandemia?

Azambuja: Estamos praticando todos protocolos de segurança. Investimos mais de R$ 3,6 milhões na aquisição de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para profissionais da educação e para os alunos e no reforço na limpeza do ambiente escolar para a retomada das aulas. Além disso, estamos fazendo busca ativa na rede escolar, para identificar os ainda não vacinados e aqueles que, por algum motivo, não voltaram para a escola. Também avançamos muito no diagnóstico dos principais impactos da pandemia. Tem alunos, por exemplo, que perderam os pais por causa da COVID… Algumas escolas já começaram a fazer avaliações diagnósticas, para entender esse contexto que estamos vivendo no cenário educacional e vamos colocar em prática um plano de recomposição da aprendizagem, com foco nesse atendimento aos estudantes.

O Estado: O Mais Social tem ajudado com o valor de R$ 200 para, pelo menos, 100 mil famílias sul mato-grossenses. Sabendo que muitas pessoas enfrentam dificuldade até de se alimentar por conta da pandemia, o programa tem como continuar no próximo ano?

Azambuja: Tomamos a decisão que o programa será permanente, não vai acabar. O que é temporário é o benefício, que é concedido por 24 meses, mas pode e será prorrogado. A intenção é estender a mão para essas famílias até que elas consigam melhorar de vida. Então, quando a família deixa a situação de vulnerabilidade social, ela dá lugar para outra, que também vai receber o auxílio. Nós vamos chegar em Mato Grosso do Sul a 100 mil famílias recebendo todos os meses o cartão com R$ 200 para comprar alimentos e produtos de higiene pessoal. Para continuar recebendo o benefício, a família também tem que cumprir algumas exigências. Elas não vão poder comprar bebidas alcoólicas e nem produtos à base de tabaco. E as crianças precisam estar matriculadas e frequentando a escola. É um excelente programa, que veio para ficar.

O Estado: Um pacote foi lançado pela indústria com apoio do governo na recuperação da economia. Podemos fazer de MS um exemplo nacional na retomada econômica? Qual a projeção que há de geração de empregos até o fim do ano?

Azambuja: Nessa pandemia, a nossa maior preocupação sempre foi com a saúde das pessoas, porque a economia a gente recupera; vidas, não. A Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), o Sesi e os empresários foram parceiros do Estado na imunização, na testagem e nos protocolos de biossegurança. Ao mesmo tempo, não esquecemos dos empregos e da renda, do sustento das famílias. Ao final, todo mundo sofreu e foi prejudicado, mas alguns setores tiveram mais prejuízos. Por isso, o Governo do Estado criou um pacote de auxílio a famílias de baixa renda e segmentos como bares, restaurantes, turismo e o setor artístico, que foram os mais atingidos. Nós trabalhamos com três eixos: auxílio financeiro, medidas fiscais e microcrédito orientado, em uma injeção de mais R$ 800 milhões na economia para apoiar esses segmentos.

Além disso, complementarmente, estamos fazendo novos esforços para estimular a setores importantes, como o esporte. Vamos fazer grandes investimentos na educação e na saúde também, nesta fase de retomada. Com esse pacote, estendemos as mãos aos mais prejudicados e nos preparamos para um novo tempo, de pós-pandemia, com uma economia pujante e com oportunidades para todos. Com o avanço da vacinação e com as medidas que tomamos lá atrás, como as reformas estruturantes, Mato Grosso do Sul tem hoje um dos maiores potenciais de crescimento do País. O resultado disso é a geração de empregos e de oportunidades. Vamos fechar o ano com excelentes números na geração de empregos. É o Estado que foi sonhado por todos nós há 44 anos, quando eu, ainda muito jovem, fui na Rua 14 de Julho comemorar a divisão. Hoje vemos um Estado moderno, estruturado, o 6° mais competitivo do Brasil.

O Estado: Estamos atraindo grandes investimentos, a exemplo da instalação da fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. Existe a possibilidade de mais indústrias de grande porte virem para o MS?

Azambuja: A nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, é o maior investimento privado do Brasil. Serão R$ 14,7 bilhões até 2024. Durante a instalação da fábrica, no auge da construção, vão ser 10 mil empregos diretos. E depois, outros três mil serão criados com o início da operação, no primeiro trimestre de 2024. Será a maior planta de celulose do mundo, totalmente sustentável. Por que a Suzano veio para Ribas? Porque nós nos transformamos em um dos destinos mais atraentes para os investimentos no País. Temos transparência, incentivos, forte investimento em infraestrutura e recuperamos a credibilidade do estado.

Nosso governo cumpre os compromissos assumidos, oferecemos segurança jurídica. E os moradores podem ter certeza que tudo isso vai melhorar muito a qualidade de vida, o desenvolvimento social, a geração de empregos, com treinamento e qualificação de mão de obra local. Nós queremos os empregos para as pessoas de Ribas e da região. Isso vai gerar muito desenvolvimento para o município e para Mato Grosso do Sul. E não é só esse grande empreendimento. Estamos recebendo muitos outros investimentos, como os terminais portuários em Porto Murtinho e as usinas de etanol de milho da Inpasa, em Dourados, e da Cerradinho, em Maracaju. Outras empresas, com certeza, virão, porque temos uma política de incentivos moderna e que dá segurança ao empresário. Somos a nova fronteira de crescimento sustentado do Brasil.

O Estado: O que se destaca na gestão é a realização de obras com recursos próprios. MS tem 1,2 mil km de estradas sendo feitas. A pavimentação da “Estrada 21”, que vai encurtar o percurso e o tempo de viagem de Campo Grande a Bonito. O que ganham os setores agrícola e do turismo com os investimentos?

Azambuja: A MS-345, de Anastácio até Bonito, a chamada Estrada do 21, vai funcionar como importante rota turística da região sudoeste do Estado, encurtando em cerca de 80 quilômetros a viagem entre Campo Grande e Bonito. Essa pavimentação atende uma reivindicação antiga do trade turístico, ligando duas regiões importantes. É um investimento de R$ 180 milhões, sonhado por muitos e que conseguimos realizar. Temos obras nos 79 municípios. Mato Grosso do Sul é o estado que mais devolve em investimentos os impostos que todos pagamos. No ano passado, conforme dados do Tesouro Nacional, nosso Estado investiu mais de R$ 1 bilhão, o representa R$ 353 por habitante – 9,6% mais do que o segundo colocado.

Os investimentos estão em todos os lugares. Estamos construindo os hospitais regionais de Dourados e de Três Lagoas, praticamente todas as escolas estaduais vão passar por melhorias até o fim de 2022, e temos importantes obras ligando destinos turísticos e avançando na logística de escoamento das riquezas produzidas. Todo mundo ganha com esses investimentos: geramos empregos, reduzimos o custo da produção e facilitamos a vida, o ir e vir das pessoas.

O Estado: MS vem cumprindo com todas as obrigações. No término do mandato, em dezembro de 2022, pretende deixar a marca de ser o governador que jamais atrasou o pagamento dos funcionários público?

Azambuja: Você deve lembrar que, no início do governo, enfrentamos pautas difíceis, até impopulares, mas necessárias para manter o Estado de pé. Fizemos as reformas estruturantes, com a ajuda da Assembleia Legislativa. Hoje, mesmo com as dificuldades da pandemia, que trouxe prejuízos para todo mundo, estamos colhendo os frutos. Pagar salário é obrigação, mas muitos estados tiveram que atrasar e até parcelar. E quando não se consegue nem pagar salário é porque não tem dinheiro para mais nada, muito menos para investir, que é a obrigação, é devolver em melhorias os impostos que todos pagamos.

Neste ano, antecipamos metade do 13° salário dos servidores, atendendo um pedido do comércio, injetando R$ 250 milhões na economia para ajudar um setor que foi muito prejudicado pela pandemia. Pagar salário é prioridade, mas vamos deixar vários legados para Mato Grosso do Sul com as reformas estruturantes. É uma verdadeira mudança de patamar: somos o 1º em transparência; o 1º em investimento per capita; o 2º em liberdade econômica para empreender; o 2º em licenciamento ambiental; o 4º mais seguro; o 6º mais competitivo e também o 6º gerador de empregos. Temos obras nos 79 municípios, programas transformadores como a regionalização da saúde e a nova rede de escolas em tempo integral, que vai ser fundamental para a melhoria do aprendizado dos nossos alunos. A isso se acrescenta o 1º que mais vacina e o mais próximo de vencer a doença.

O Estado: Estamos a um ano da eleição. A pretensão do PSDB é fazer o sucessor, o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel. Em uma chapa majoritária existe a intenção de lançar Riedel a governo e Reinaldo Azambuja ao Senado?

Azambuja: O Eduardo Riedel é um homem público extremamente preparado, que teve um papel fundamental na administração, ainda na Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, fazendo a articulação entre as secretarias, e que depois assumiu uma nova missão, a de conduzir as obras e entregas do Governo Presente, como secretário de Infraestrutura. Ninguém conhece tão bem os desafios do Mato Grosso do Sul como ele. Quanto a mim, a minha preocupação, no momento, é dar continuidade à missão que me foi conferida pela população nas urnas. A agenda da eleição, para nós, é só o ano que vem. Agora é acabar de vencer a pandemia e fazer a retomada mais vigorosa do País.

(Texto: Bruno Arce)

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