Em meio a discussões sobre a instauração da CPI contra a Energisa na Assembleia Legislativa, o presidente da Casa de Leis, o deputado Paulo Corrêa (PSDB) sugeriu hoje (30), uma solução para o requerimento, que ainda não alcançou o número necessário de assinaturas. Como alternativa, ele propôs que fosse criada uma Comissão Especial de Investigação, assim como na Câmara Municipal de Campo Grande.
O presidente afirma que para tramitar uma CPI, é necessário que alguns parâmetros sejam cumpridos, dentre os quais está a clareza no objeto a ser investigado. Ele ressaltou as reclamações dos parlamentares sobre a falta de um fato determinado e afirmou que por este motivo, o documento seria derrubado. “Recebemos a empresa, usamos duas horas de reunião para explicar tudo e mesmo assim, os líderes que querem continuar fazendo a investigação, vão indicar uma comissão de investigação para fazer o que for preciso, agora CPI precisa atender requisitos e se for inócua, não adianta nada a gente fazer”, ponderou.
Sobre a possibilidade, o deputado Capitão Contar (PSL) defendeu seu requerimento já apresentado, mas afirmou que não teria problema se a solução fosse alterá-lo para uma comissão, desde que o aumento nas contas fosse resolvido. “Que seja uma Comissão Especial, mas vamos resolver o problema que está latente na vida de todos os cidadãos sul-mato-grossenses”.
Contrário ao parlamentar, Zé Teixeira (DEM) afirmou que os altos custos nas contas de energia elétrica são decorrentes do aumento da rede da Energisa e que se os relógios estão marcando valores errados, o caso deve ser denunciado à polícia. “Se tiver coisa errada nos relógios, não é caso de CPI, é caso de prender a Energisa”, ressaltou.
O vereador Vinícius Siqueira (DEM) também estava presente na sessão, em apoio ao Capitão Contar. Na Câmara Municipal, ele também propôs a criação de uma CPI sobre o mesmo assunto, a qual foi rejeitada e criada a Comissão para investigar o fato. Para ele, a Assembleia é o local ideal para a proposição da CPI e lamentou a possibilidade de mudança para comissão. “Se este lugar reflete a vontade do povo, tem que investigar”, reiterou.
Discussões
Contar utilizou a tribuna para defender sua proposta de CPI e rebater as críticas do colega na sessão de terça-feira (29) e classificou os comentários sobre suas publicações como “censura”. Ele também afirmou que a proposta não tinha como objetivo a promoção pessoal e que não age como os demais parlamentares. “Se tem algo que estou aprendendo aqui, é não fazer o que alguns fazem”.
(Texto: Julia Renó)