Após polêmica de “Kit COVID” e até CPI, dois secretários são substituídos do Ministério da Saúde

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Marcelo Queiroga anunciou nesta quarta-feira (16) dois novos nomes na gestão da pasta da Saúde. Deixaram os cargos ex-secretários de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (Hélio Angotti Neto) e de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Mayra Pinheiro).

Hélio foi o responsável por recusar o parecer da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) ao SUS (Sistema Único de Saúde) contraindicando a aplicação de medicamentos para tratamento da COVID-19 sem evidências científicas – como a cloroquina e ivermectina, que formam parcialmente o chamado “Kit COVID”. Em seu lugar, assume a servidora Sandra Barros.

O ex-secretário continua no primeiro escalão do ministério e foi realocado na Secretaria de Gestão do Trabalho, ocupando o posto que foi de Mayra Pinheiro. Ela foi indiciada pela CPI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Pandemia e é alvo de investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República) do Distrito Federal por supostos crimes enquanto gestora na atuação durante a pandemia.

Durante a cerimônia de apresentação dos novos secretários, Queiroga foi questionado se decisão de rejeição do relatório da Conitec seria mantida. Ele informou que a avaliação do recurso está sob sua responsabilidade e caberá a si a palavra final.

“Eu tenho 30 dias prorrogáveis por mais 30 para julgar e vou fazer isso dentro do que diz a legislação do SUS e a evidência científica. A ciência vai mudando. Essa pauta não se restringe a um fármaco. A decisão na ponta é do médico. Os médicos fazem isso há milênios, e fazem bem”, declarou o ministro.

Outro nome

Maíra Botelho é a nova ocupante da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Queiroga destacou que a área cuida de temas importantes, como as políticas de alta complexidade cardiovascular, de enfrentamento ao câncer, de atuação com doenças raras e coordenação do sistema de transplante de órgãos. Botelho é servidora da casa, com 21 anos de carreira.

O ministro da Saúde manteve parte do seu secretariado. Continuam nos cargos o secretário executivo, Rodrigo Cruz, e os responsáveis pela atenção básica, Raphael Parente, e pelo enfrentamento à COVID-19, Rosana Melo.

(Fonte: Agência Brasil)

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