Após a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do PSL em reunião com apenas 30 parlamentares em Brasília, o anúncio do nascimento do Aliança Pelo Brasil (APB) foi realizado. Com isso, especulações sobre políticos campo-grandenses que estariam dispostos a integrar a nova sigla começaram.
Como é sabido o deputado federal Dr. Luiz Ovando foi o único sul-mato-grossense a participar da tratativa. Informações extraoficiais constam que o parlamentar deve se alinhar com o deputado estadual Coronel David (PSL) e demais insatisfeitos entre pesselistas para engrenar o Aliança no Estado.
Vereadores da Cidade Morena que estão de “saída” dos seus partidos foram procurados para darem a opinião e questionados se estariam disposto a migrar para o Aliança.
Valdir Gomes (PP) disse que sequer sabia do novo partido do presidente, devido ter chegado de uma viagem longa na quinta-feira (14). O parlamentar adiantou que deve sair do Progressistas em breve e que já possui diálogo com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) para filiação. Para ele, não existe possibilidade da entrada no Aliança.
Atualmente no PDT, vereador Odilon de Oliveira Júnior, já declarou que aguarda janela partidária para completar o afastamento do partido. “Eu fui pego de surpresa por essa criação do partido do Bolsonaro, mas por enquanto eu não sei de nenhuma pessoa que está organizando aqui [Campo Grande] e não tive nenhuma conversa”, explicou.
O pedetista reafirmou que devido a janela partidária essa questão será analisada mais próximo das eleições.
Em conversa com o vereador Eduardo Cury (sem partido) ele afirmou que está migrando para o Democratas devido a intenção de acompanhar politicamente os ministros Luiz Henrique Mandetta e Tereza Cristina. A oficialização deve ocorrer nas próximas semanas.
Porém, o parlamentar disse que é simpatizante a linha Bolsonaro de governar e que ajudará na coleta de assinaturas para a criação do Aliança Pelo Brasil.
“Apoio totalmente esse novo partido do Bolsonaro. Concordo com a necessidade do presidente sair desse PSL que estava confuso e nebuloso, existia falta de transparência nesse partido. Se eu puder colaborar com assinaturas, vou colaborar”.
Questionado sobre o motivo da não filiação, Cury disse que não é “caronista” e que independente vai apoiar o governo.
Simpatizante ao MBL (Movimento Brasil Livre), vereador Vinicius Siqueira (DEM) ão cogita sair do partido, e indagado sobre o apoio a nova sigla, ele diz que gosta de apoiar ideias e não pessoas. “Precisamos ver como será esse novo partido, as diretrizes e ideias para emitir opinião”.
Desafios da Aliança
Conforme divulgado pela BBC News de Brasília, o Aliança terá três grandes desafios para vingar. A ideia inicial era colher 492 mil assinaturas necessárias para disputar eleições em 2020. O objetivo era a coleta por leitores de celular e pela internet.
A primeira dificuldade conforme publicação está relacionada com a migração de deputados: a lei eleitoral hoje não garante automaticamente ao deputado o direito de ficar com mandato ao migrar para um partido que acabou de ser montado.
A segunda questão é relacionada as incertezas sobre a possibilidade de fazer a coleta de assinaturas via celular.
E a terceira seria pelos prazos na Justiça Eleitoral, pois, mesmo que as assinaturas sejam coletadas rapidamente, a tramitação no Tribunal Superior Eleitoral pode impedir a nova sigla de lançar candidatos em 2020.
(Texto: Danilo Galvão com informações da assessoria)