Aldeia indígena tem palestra sobre Lei Maria da Penha

No último sábado (10), a aldeia indígena Água Bonita, saída para Cuiabá teve suas necessidades ouvidas e palestras sobre prevenção à violência doméstica e familiar e sobre a “Lei Maria da Penha”.

Quem proferiu a palestra foi a vereadora Enfermeira Cida do Amaral. Na ocasião, uma vítima de violência doméstica, que preferiu não se identificar contou que já sofreu violência, na época que ainda não existia a Lei Maria da Penha. “Meu ex-marido me queimou com cigarro e brasa, mas graças a Deus eu consegui me separar e me libertei desse relacionamento abusivo”. Ela ainda revelou que muitas mulheres indígenas não conseguem se libertar porque acreditam que a violência é normal e faz parte do cotidiano do casal.

Proteção

De acordo com a moradora Suzie Guarani, as mulheres da aldeia precisam ser protegidas. “Precisamos de atendimento psicológico e capacitação, entre outros serviços . Temos nos deparado também com o problema do álcool e das drogas, cada vez mais cedo, inseridos na vida dos jovens. Precisamos de alguém que se importe e possa nos ajudar”, disse.

A vereadora se comprometeu em apresentar indicações solicitando ronda policial para a aldeia e viabilizar, por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS), cursos de capacitação, como confeitaria, crochê, costura e estética. “As mulheres indígenas sofrem com a discriminação múltipla no mercado de trabalho, por isso precisam dessa inserção para que se libertem desses relacionamentos abusivos. Elas precisam ter acesso a oportunidades e valorização que contribuam para o seu protagonismo e autonomia”, defendeu Cida Amaral.

(Rafael Belo com Assessoria)

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