Abida Meneses, 37 anos, demorou 25 anos para descobrir o que era sonhar. De família pobre, foi com a chegada a Campo Grande, há 12 anos, que a diretora da Mary Kay entendeu o que era ter um sonho que caminhou para a pré-candidatura a vereadora pelo Podemos. A partir daí estudou para entender a política e se preparou para a empreitada. Saiu do nada e começou a melhorar as condições financeiras, mas não sabia administrar a nova vida, se capacitou e viu a necessidade de passar isso para as pessoas.
A educação financeira, emocional e política são essenciais para as pessoas se posicionarem, não serem enganadas e não adotar políticos e sim escolher quem a melhor represente. Precisam estar no cotidiano das pessoas desde o princípio dos estudos para formar um cidadão capaz de cobrar e buscar seus direitos e deveres”, explicou Abida.
Abida é a caçula de oito filhos. Casada e mãe de Leilane, 15 anos, e Samuel, de 11 anos, causou surpresa no primeiro momento na família, mas os orientou sobre a necessidade, recebendo assim o total apoio. “Um ser humano que tem apoio e afeto da família se torna uma pessoa melhor, porque consegue assimilar o aprendizado e o praticar. Venho de uma família pobre, restrita em todos os sentidos. Meus pais chegaram a Brasília e eram analfabetos. Eles ajudaram na construção da cidade. Eu nasci quando meu pai operava de um câncer no cérebro e acabou cego aos 50 anos e minha mãe com 46 anos”, conta. Com isso, todos os cuidados foram voltados para o pai e Abida precisou se virar desde cedo.
Lembrando de quando desconhecia o significado de sonho, Abida descreve seu desejo de futuro. “Nasci pobre, mas quero ter e levar prosperidade. Se conseguir mudar a mentalidade por meio da transformação, oferecendo educação e oportunidade para as pessoas será meu legado. A família estrutural é um bem maior. O amor ainda é o maior de todos e quando conseguimos o equilíbrio estamos cumprindo nosso papel de filhos de Deus”, finalizou.
Mais notícias sobre política e outras categorias na edição desta segunda-feira (22) do Jornal O Estado MS.
(Texto: Rafael Belo/Publicado por João Fernandes)