Vítimas dos ataques em Aracruz continuam em estado grave

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

As duas professoras e os dois alunos, vítimas dos ataques em duas escolas de Aracruz (ES), na última sexta-feira (25), continuam internados em estado grave em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). Uma quinta vítima continua internada, mas o seu estado é considerado estável.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo, na manhã deste domingo (27), as duas mulheres, de 45 e 52 anos, que tiveram de ser operadas ainda continuam internadas em estado grave na UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neve, em Serra (ES).

A Secretaria de Educação do Espírito Santo confirmou por meio de assessoria de imprensa que elas são professoras. As mulheres foram levadas de helicóptero para o hospital de Serra, cidade a cerca de 60 km de Aracruz.

No sábado (26), a professora Flávia Amboss Merçon Leonardo, 36, morreu no mesmo hospital. A docente de sociologia na escola estadual Primo Bitti estava internada em estado gravíssimo.

De acordo com o boletim médico, também estão em estado grave um menino de 11 anos, que passou por cirurgia, e uma adolescente de 14 anos, que também precisou de procedimento cirúrgico e está intubada. Os dois estudantes estão no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória, em Vitória.

Uma quinta pessoa ferida, uma professora de 58 anos, está internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, na capital Vitória. Ela passou por cirurgia e seu estado era considerado estável, segundo a Secretaria da Saúde.

O ataque

O crime cometido pelo adolescente, começou por volta das 09h30 na Escola Estadual Primo Bitti, onde o jovem arrombou o cadeado de uma das entradas e fez disparos na sala dos professores, o que causou a morte de duas pessoas e deixou vário feridos.

Em  seguida ele entrou em um carro foi até a instituição privada Centro Educacional Praia de Coqueiral. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo mais pessoas.

A policia civil iniciou as investigações de imediato, o que possibilitou a apreensão do adolescente, que é filho de um policial militar, tendo confessado o crime. Ele usou duas armas de responsabilidade do pai, um revólver de calibre 38, de propriedade privada, uma pistola calibre 40, que pertence a polícia militar  e três carregadores. O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista.

Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador vestia roupa camuflada e uma máscara de esqueleto, similar à usada em fotos nas redes sociais por um dos autores do massacre ocorrido em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).

Durante a apreensão, o adolescente não explicou à Polícia Civil por que fez os ataques. O delegado João Francisco Filho disse que ele estava tranquilo e não manifestou arrependimento. A apuração preliminar apontou que ele fazia tratamento psiquiátrico. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o adolescente não tinha um alvo definido e que ele pode ter agido sob estímulo de grupos extremistas, que se organizam de forma virtual dentro e fora do Brasil.

Com informaões de Carolina Rampi e Folhapress.

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