O empresário brasileiro Thiago Brennand foi preso nesta sexta-feira (14) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ele era considerado foragido das autoridades brasileiras após ter a prisão preventiva decretada, após agredir a modelo Alliny Helena Gomes, após discussão em uma academia de ginástica na zona oeste de São Paulo.
O empresário viajou para Dubai em 4 de setembro deste ano, após a divulgação do vídeo na imprensa e horas antes de ser denunciado pelo MP/SP (Ministério Público de São Paulo) sob a suspeita de lesão corporal e corrupção de menores – sob acusação de ter incentivado o filho adolescente a ofender uma modelo.
A prisão teve a participação e execução da Interpol após ele entrar na lista de foragidos por não retornar ao Brasil no prazo estipulado pela Promotoria.
Brennand também é investigado sob a suspeita de crimes sexuais pelo MP/SP.
Extradição
Com a prisão do empresário brasileito, o juiz do caso no Brasil poderá solicitar o início do processo de extradição de Brennand.Não há qualquer impeditivo legal para a extradição de Dubai para o Brasil, no entanto, não há um prazo definido para a efetivação do processo.
Processos recentes de extradição envolvendo cidadãos brasileiros chegaram a durar cerca de um ano, período em que o investigado é mantido preso no país onde estava.
O processo se dá por meio da autoridade central brasileira, que é o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), órgão ligado ao Ministério da Justiça.
Crimes
A lista de acusações que estão sob investigação da Promotoria vão de estupros a rituais em que tatuava as vítimas com as iniciais do próprio nome, o mesmo acrônimo usado pelo empresário para marcar objetos.
A maior parte da lista de vítimas foi encaminhada ao Ministério Público pelo escritório de advocacia Janjacomo e por representantes do projeto Justiceiras, que trabalham juntos neste caso.
De acordo com as entidades, as supostas vítimas relatam situações parecidas envolvendo o empresário, cárcere privado, sexo sem camisinha, agressões físicas e verbais, “stalking” (perseguição), além da marcação nas vítimas das iniciais TFV, de Thiago Fernandes Vieira.
Declarações em redes sociais
A defesa do empresário sempre negou as acusações. Em vídeo publicado na internet, Brennand negou que estivesse fugindo. “Eu tô tranquilíssimo. Tinha algumas opções de países para onde ir”, diz, sem especificar em qual país está. “Vocês mexeram com a pessoa errada. […] Vocês morrem de inveja. Branco, heterossexual inegociável. Armamentista, óbvio. Conservador, sempre”, completa.
O empresário afirma que as acusações fazem parte de uma conspiração contra ele e que a maioria das denúncias de crimes de estupro no Brasil é falsa.
Com informações da Folhapress
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