Antes do início da paralisação dos PMs, a média de assassinato em 2020 era três vezes menor, sendo oito por dia
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará não vai mais divulgar o número de homicídios que acontecem durante o motim de parte dos policiais militares do estado. A pasta informou, de acordo com o G1, que o fim do Carnaval deixou acúmulo de trabalho no setor de estatística. A situação deverá ser normalizada nos próximos dias.
A SSP divulga mensalmente os homicídios que ocorrem no estado. A divulgação diária, entre 19 e 24 de fevereiro, era extraordinária.
No período, foram contabilizados 170 homicídios, uma média de 24 mortes por dia. Antes do início da paralisação dos PMs, a média de assassinato em 2020 era três vezes menor, sendo oito por dia.
Na última terça-feira (25), dados divulgados pelo coronel do Exército Leônidas Carneiro Júnior, oficial de comunicação das Forças Armadas, registram a morte de 25 homicídios. Com isso, o número de mortes chegou a 195. Isso representa aumento de 57% em relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em 2012.
Motivo da greve
Os PMs querem que o governo do Ceará refaça a proposta de reestruturação salarial enviada na terça-feira (18) para a Assembleia.
O projeto de lei prevê aumento de salário para os soldados da PM e para bombeiros de R$ 3.475 para R$ 4.500, com reajuste parcelado em três vezes até 2022. Mas os policiais querem que o pagamento seja feito em apenas uma parcela e que seja apresentado um plano de carreira para a categoria.
(Texto: Jéssica Vitória com informações do Bahia.Ba)