Polícia Civil prende 13 pessoas e fecha cerco contra crime, após 10 meses de investigação

Foto:Delegado confirmou
que trabalhos no
prédio, invadido em
1994, serão mantidos/Marcos Maluf
Foto:Delegado confirmou que trabalhos no prédio, invadido em 1994, serão mantidos/Marcos Maluf

Operação apreendeu objetos roubados, armas, drogas, munições e quantia em dinheiro 

Na manhã de ontem (6), a Polícia Civil deflagrou a operação “Abre-te Sésamo”, dentro de um condomínio, na região da Mata do Jacinto, conhecido como Carandiru, onde dois moradores foram presos com o cumprimento de mandatos e outros 11 foram presos em flagrante, entre eles, um adolescente de 16 anos. Conforme as informações, 273 policiais com mais de 50 viaturas participaram das diligências que ocorreram após uma investigação, de cerca de 10 meses. Além disso, a operação contou com o apoio da Polícia Militar, Companhia de Canil do Batalhão de Choque, Grupamento Aéreo, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Perícia Técnica e Assistência Social, totalizando 321 servidores.

De acordo com a delegada titular da 3ª Delegacia de Polícia, Priscila Anuda, na ocasião, foram apreendidas drogas, armas, munições dinheiro e dois caminhões de objetos roubados. “Apreendemos duas armas de fogo, mais de 50 munições, mais de R$ 20 mil reais em dinheiro, 12 quilos de maconha, dois quilos de cocaína, além de diversos objetos de origem duvidosa, que podem ser dos roubos e furtos que estavam acontecendo, na região. Ainda não temos o valor total dos objetos apreendidos, mas foram dois caminhões cheios, entre celulares, televisões, bicicletas, ferramentas, computadores e muitos outros”, disse.

De acordo com a Polícia Civil, o objetivo foi cumprir 46 mandatos de busca e apreensão em um residencial localizado na Mata do Jacinto, tendo em vista que a região vinha sendo alvo de diversas ocorrências de roubos e furtos, e, durante a investigação, os policiais perceberam que esses crimes estavam associados a outros de maior gravidade, como homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. “A investigação foi minuciosa, mas o fato é que não existe lugar que tenha criminalidade e que a Polícia Civil não consiga entrar”, afirmou o delegado-geral Roberto Gurgel de Oliveira.

Segundo ele, essa foi a primeira etapa de uma operação que ainda seguirá. “Durante as diligências, foram encontradas, além de todas as drogas, armas e objetos que muito provavelmente eram frutos de roubo. Nós também encontramos uma situação perigosa para a moradia, tanto de fiação elétrica, com risco de incêndio, estrutura com risco de queda, e nós seguiremos com as próximas etapas para garantir a segurança das pessoas que moram ali”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de operações parecidas em outras regiões da cidade, o diretor do Departamento de Polícia da Capital, delegado Wellington de Oliveira, salientou que as ações são planejadas de acordo com as demandas dos bairros. “Aquele criminoso que pratica um furto por dia e a polícia não consegue chegar até ele, no fim do ano ele realizou 365 furtos, então, nós realizamos essa investigação, conforme o número de ocorrências, no bairro”.

Ele ainda discorreu sobre os direitos humanos, quando se trata de uma operação de grande porte como essa. “Quando se fala em um mandado de busca e apreensão em uma área residencial, uma das orientações do poder Judiciário é a preservação dos direitos humanos e, quando se chega em um local, pela manhã, você encontra pessoas indo trabalhar, crianças dormindo, idosos, gestantes, então tivemos todo o cuidado porque nem todos os moradores estavam envolvidos nos crimes”, acrescentou.

Retorno da tranquilidade 

Para a delegada titular da 3ª Delegacia de Polícia da Capital, que atende a região que foi alvo dos policiais, além de cumprir os mandados enquanto polícia judiciária, o objetivo também era trazer mais tranquilidade para a população que ali reside. “Não são todos os moradores que são voltados para o crime, então, nosso foco também foi levar tranquilidade social para essas pessoas. Inclusive, alguns moradores chegaram a pedir ajuda aos policiais, dizendo que aquela criminalidade nunca acabaria e que eles nunca teriam paz”, disse.

Tamires Santana  – Jornal O Estado do MS.

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