A Polícia Federal apreendeu até uma escopeta durante a deflagração da Operação Hangar Fantasma, que mira uma organização criminosa envolvida no tráfico aéreo de cocaína e na lavagem de dinheiro em um esquema que movimenta bilhões de reais. A ação ocorreu nesta quinta-feira (18) em Campo Grande, onde também foi preso Cristian Gimenes.
A arma longa apreendida foi encaminhada em malote para a Superintendência da Polícia Federal na Capital. Em Campo Grande, a ofensiva cumpre dois mandados de prisão e duas ordens de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Regional de Garantias do Tribunal de Justiça da Paraíba.
A operação é liderada pela Polícia Civil da Paraíba e tem como foco uma organização criminosa especializada no fornecimento de drogas e na logística aérea do tráfico. Embora as principais lideranças do grupo já estejam presas no sistema penitenciário paraibano, as investigações apontam que a quadrilha continuava atuando por meio da aquisição de aeronaves utilizadas para transportar grandes quantidades de entorpecentes das regiões Norte e Centro-Oeste com destino ao Nordeste.

Foto: divulgação/Polícia Federal
De acordo com a Polícia Federal, a organização já foi vinculada à apreensão de cerca de uma tonelada de drogas em operações anteriores. Para ocultar a origem ilícita dos recursos, o grupo utilizava empresas de fachada e “laranjas”, estratégia que também servia para mascarar a real propriedade das aeronaves e dos hangares usados no esquema.
A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e de ativos financeiros dos investigados no valor de R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de bens como aviões e veículos de luxo. Os alvos da operação poderão responder pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No total, a Operação Hangar Fantasma cumpre, nesta quinta-feira, 23 mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão, além de outras ordens judiciais, em ações realizadas na Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e no Distrito Federal.
O nome da operação faz referência ao modo de atuação do grupo criminoso, que mantinha uma frota aérea “invisível” aos mecanismos de controle, registrando aeronaves e hangares em nome de empresas fictícias e terceiros para dificultar o rastreamento financeiro e operacional do tráfico de drogas.
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