Uma servidora do Departamento de Trânsito (Detran), do município de Bela Vista, a 323 quilômetros de Campo Grande, foi alvo da Polícia Civil, suspeita de receber propina para realizar transferências irregulares de veículos. Em oito meses, a mulher recebeu aproximadamente R$ 30 mil.
Segundo a Polícia Civil, a operação foi denominada como “Gravame”, que investiga pessoas envolvidas nos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistemas de informação do Detran de Mato Grosso do Sul.
Na manhã de hoje (14), foram cumpridos oito de mandados de busca e apreensão nas cidades de Bela Vista e Campo Grande. De acordo com as investigações, a mulher é suspeita de transferir veículos de forma irregular.
Ainda conforme a linha de investigação da Polícia Civil, apontaram que automóveis e caminhões vinham de outros estados brasileiros e encaminhados ao Detran de Bela Vista. Logo após, a servidora receberia os dados e alterava os cadastros, mesmo sem nunca terem circulados ou passados por vistoria no Estado.
Outra fraude constatada é que a servidora também realizava transferência de carretas para inclusão fraudulenta do 4º eixo nas especificações dos veículos, trâmite que, normalmente, depende de um engenheiro e de aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Além da servidora, quatro despachantes são suspeitos de pagarem para que a mulher realizasse as transferências irregulares. Em oito meses, a suspeita movimentou mais de R$ 200 mil durante a ação criminosa e recebeu R$ 30 mil de propina.
O trabalho de investigação contou com o apoio do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.
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