Operação “Destino Final” desmantela quadrilha de hackers em Mato Grosso do Sul

Foto: PCDF/Reprodução
Foto: PCDF/Reprodução

Nesta quarta-feira (31), a Polícia Civil do Distrito Federal, com o apoio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) de Campo Grande, deflagrou a Operação “Destino Final”. A ação teve como alvo uma quadrilha especializada em invasão de sistemas de milhas aéreas, incluindo contas de políticos, resultando em um prejuízo estimado em R$ 10 milhões. Para lavar o dinheiro, o grupo patrocinava um time de vôlei na capital de Mato Grosso do Sul.

O principal líder da quadrilha foi preso, e as autoridades descreveram o grupo como uma “associação cibercriminosa radicada no estado de Mato Grosso do Sul, especializada na prática de invasão de contas de agências de turismo e de aplicativos de programas de milhagem da Latam de centenas de vítimas do Distrito Federal”.

Os hackers invadiam contas de empresas de agências de turismo e programas de milhas de viagem de pessoas físicas com alta pontuação, incluindo muitos parlamentares que, em função de suas atividades, acumulam grandes quantidades de milhas. Os criminosos emitiam passagens conhecidas como “passagens de desistência” para trechos premium, com a viagem marcada para ocorrer em no máximo três dias, de modo a evitar que as companhias aéreas percebessem a fraude e cancelassem as passagens.

Ações em Campo Grande

Em Campo Grande, o Dracco cumpriu um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão de bens de alto valor, além do bloqueio de contas bancárias e o sequestro de um carro de luxo. A operação contou com o apoio logístico de um avião do Departamento de Operações Aéreas (DOA/PCDF) para o transporte da equipe policial e o recambiamento do preso para o Distrito Federal, onde cumprirá prisão cautelar.

As evidências virtuais coletadas nos equipamentos apreendidos serão analisadas pelo Instituto de Criminalística para identificar o método de invasão utilizado pelos hackers, o uso de cartões de crédito falsificados, provavelmente obtidos na Dark Web, a expedição de passagens para pessoas ligadas ao narcotráfico, conhecidas como “mulas”, e os esquemas de lavagem de dinheiro.

Os investigados poderão enfrentar penas de até 39 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, invasão de dispositivos informáticos, falsidade ideológica, furto qualificado por fraude cibernética, estelionato mediante fraude eletrônica e lavagem de capitais.

 

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