Operação 404: Gaeco deflagra ação contra pirataria digital em nove estados brasileiros

Foto: reprodução/Internet
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Na manhã desta quinta-feira (19), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) iniciou a sétima fase da Operação 404, uma ação de combate à pirataria digital que conta com a participação de Mato Grosso do Sul e de outros estados brasileiros. A operação visa combater a disseminação de conteúdo ilegal na internet e registrou a suspensão de 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegais, além do cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão.

Entre os materiais apreendidos estão conteúdos em áudio e vídeo, como jogos e músicas, que eram distribuídos ilegalmente pelas plataformas. A ação envolveu também a desindexação de links em mecanismos de busca e a remoção de perfis e páginas em redes sociais, ampliando o alcance da operação no ambiente digital.

Os alvos da Operação 404, de acordo com as investigações, teriam registrado mais de 12 milhões de visitas no último ano, evidenciando o alcance dessas plataformas ilegais. Segundo as autoridades, a distribuição de conteúdo pirata prejudica a indústria criativa, afetando diretamente a economia e causando danos irreparáveis ao setor cultural. As perdas financeiras para detentores de direitos autorais são consideráveis, mas os impactos vão além, afetando também a segurança dos usuários.

A prática de acessar plataformas ilegais expõe os consumidores a riscos, como o roubo de informações pessoais e financeiras. “O uso de serviços piratas coloca os dados de milhões de pessoas em perigo”, afirmou uma fonte ligada às investigações, ressaltando a gravidade do problema tanto para os criadores de conteúdo quanto para os usuários.

A operação foi coordenada pelo Ciberlab (Laboratório de Operações Cibernéticas), em conjunto com as Polícias Civis de nove estados brasileiros, incluindo Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Ministério Público de São Paulo e de Santa Catarina também participou ativamente da ação.

Além disso, houve colaboração internacional com órgãos de aplicação da lei e associações de proteção à propriedade intelectual de países como Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Reino Unido. Essa cooperação tem sido crucial para ampliar o alcance da operação e garantir a eficácia no combate à pirataria global.

O nome da operação, 404, faz referência ao código de erro que aparece quando uma página da web não pode ser encontrada, simbolizando o objetivo central da ação: tornar indisponíveis os serviços ilegais que violam direitos autorais.

Com a deflagração da Operação 404, espera-se que o combate à pirataria continue a ser intensificado, buscando não só a preservação dos direitos autorais, mas também a proteção dos consumidores que, muitas vezes, desconhecem os riscos envolvidos no uso de plataformas ilegais.

 

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