Mulher denuncia violência e suspeito é preso após disparos em fazenda de Camapuã

Foto: Polícia Civil
Foto: Polícia Civil

Polícia Civil indiciou homem por estupro, tentativa de feminicídio, violência psicológica e posse ilegal de arma de fogo

Uma mulher conseguiu escapar de uma situação de violência doméstica em uma fazenda na região do distrito de Pontinha do Cocho, em Camapuã, na última terça-feira (26). Após relatar que vinha sendo vítima de abusos e ameaças por parte de um homem com quem se relacionava havia menos de um mês, ela fugiu pela mata com o filho de seis anos e pediu ajuda em uma propriedade vizinha.

Segundo o depoimento, a vítima conheceu o suspeito pela internet e, em agosto, se mudou de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul a pedido dele. Poucos dias após a chegada, relatou que o homem passou a adotar comportamento controlador, restringindo seus contatos familiares e acessando seu celular sem permissão. Ela afirmou ainda que, ao recusar relações sexuais, foi obrigada a manter conjunções carnais mediante intimidação e violência com uso de arma de fogo.

Na tarde de ontem, a situação escalou quando a mulher tentou deixar o local com o filho. De acordo com a ocorrência, ela foi agredida com puxões, enforcamento e um soco no abdômen. Ao conseguir se soltar, correu em direção ao pasto carregando a criança, enquanto o suspeito efetuava três disparos em sua direção. O percurso de fuga durou cerca de 40 minutos por uma área de mata fechada até alcançar outra fazenda, onde pediu socorro.

A Polícia Militar encontrou o homem na propriedade, onde se entregou sem resistência. No momento da prisão, foi localizada apenas uma munição calibre .22. Já na delegacia, ele confessou possuir uma arma escondida. Em diligência, policiais apreenderam uma espingarda artesanal calibre .22 e oito munições intactas.

O delegado Gustavo Detomi indiciou o suspeito pelos crimes de estupro, tentativa de feminicídio, violência psicológica e posse irregular de arma de fogo, além de ter solicitado a conversão da prisão em flagrante para preventiva. O homem permanece detido e deve passar por audiência de custódia, onde a Justiça avaliará a representação da Polícia Civil.

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