Mato Grosso do Sul já registrou 24 feminicídios, entre os dias 1º de janeiro e 7 de setembro. O número é maior que o registrado no mesmo período no ano passado, quando 22 mulheres morreram.
O último caso registrado como feminicídio no Estado aconteceu na segunda-feira (7), em Nova Alvorada do Sul, município distante 110 quilômetros da Capital.
Laura Rodrigues Monteiro, 26 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro. Gabriel dos Santos Penha, 45 anos, invadiu a casa da vítima e a golpeou cinco vezes com uma faca. Conforme informações policiais, o autor, que continuava foragido, já tinha ameaçado a vítima. Ele não aceitava o fim do relacionamento.
Feminicídio na Capital
Em Campo Grande, a situação é pior. O número de mortes já superou o total de 2019. Foram oito casos de feminicídio desde o início do ano. No mesmo período do ano passado, foram cinco. A delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fernanda Félix, atribui o aumento dos casos de feminicídio à pandemia. “Acreditamos que seja uma consequência do isolamento social, da maior convivência desses casais”, assegurou.
Conforme a polícia, o último caso de feminicídio em Campo Grande aconteceu no dia 15 de agosto. Margareth de Jesus Fernandes, 35 anos, foi morta a tiros pelo padrasto Ademir Ferreira Lima, 50 anos.
O homem também disparou contra uma amiga da vítima, 33 anos, que sobreviveu. O autor chegou a ser agredido por populares após o crime e encaminhado para a Santa Casa. Conforme a delegada Fernanda Félix, Ademir segue internado no hospital. “Ele ainda não recebeu alta. Desde o dia do crime ele está no hospital sob escolta policial”, explicou.
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(Texto: Rafaela Alves)