A DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) recebeu na quarta-feira (12), uma mãe de 22 anos que prestou um boletim de ocorrência indignada após sua filha, de apenas 3 anos, morrer depois de duas internações em um curto intervalo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, em Campo Grande.
Segundo boletim de corrência, a mãe levou a criança até a unidade de saúde pela primeira vez para tratar de dores abdominais e no peito. Após ser atendida e internada, os médicos de plantão receitaram dipirona e liberaram a criança para a casa.
Instantes depois, a criança voltou a passar mal e a mãe novamente retornou ao posto de saúde. Desta vez, a jovem alega que o atendimento durou cerca de 1h e após ser internada novamente, a criança teve uma parada cardiorespiratória e morreu.
Ainda conforme a ocorrência, a mãe quer saber o que aconteceu, pois não foi dado o acesso aos exames para ela, que havia alegado durante o atendimento ter alertado sobre a alergia que a criança tinha a alguns medicamentos.
Posicionamento da SESAU
O caso também é analisado pela SESAU (Secretaria Municipal de Saúde) que deve abrir um procedimento interno para apurar as circunstâncias que ocorreram os atendimentos e se coloca à disposição da família para eventuais esclarecimentos.
Procurada pela reportagem, a SESAU se posicionou: ”Na quarta-feira (12), a criança deu entrada na unidade com histórico de dor abdominal, febre e vômito. Ela foi prontamente atendida, teve exames coletados, recebeu medicação e permaneceu em observação. Diante da estabilização e sinal de melhora, ela recebeu alta.”
”Durante a madrugada de quinta-feira (13), a mãe retornou na unidade. Houve um agravamento no quadro clínico da paciente e ela evoluiu rapidamente. Os profissionais realizaram os procedimentos de suporte de vida por cerca de 40 minutos, mas sem sucesso. ”
(Com informações do repórter Itamar Buzzatta)