Na tarde de quarta-feira (20), a mulher, que estava com tornozeleira eletrônica e possuía um mandado de prisão em aberto por estupro de vulnerável, foi capturada por policiais da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) enquanto trabalhava no comércio.
O caso aconteceu em outubro de 2022, quando a vítima, com 19 anos na época, registrou um boletim de ocorrência, denunciando os abusos sofridos desde a infância. Além do padrasto da jovem, de 46 anos, a mãe e a tia também foram denunciadas pelo crime.
Segundo o site Diário Corumbaense, a vítima relatou que os abusos começaram quando ela tinha apenas 8 anos, sendo praticados pelo padrasto. A mãe e a tia, além de consentirem o crime, também participavam ativamente da violência. A situação foi descoberta quando a jovem foi selecionada para um evento estudantil fora da cidade, e a escola solicitou autorização dos responsáveis. O padrasto negou a permissão, alegando problemas de confiança. A mãe, então, foi à escola para conceder a autorização, mas poucos dias depois, a jovem desistiu da viagem. Questionada por um professor, ela acabou revelando os abusos, o que levou à denúncia à polícia.
A investigação confirmou que a mãe e a tia estavam cientes dos abusos e também participavam deles. O padrasto foi condenado a 68 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e violência psicológica, estando preso desde 2022. A tia da jovem recebeu uma pena de 13 anos e 6 meses de reclusão e foi presa no mesmo dia.
A mãe e a tia recorreram ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o agravo foi considerado intempestivo (fora do prazo), resultando na expedição dos mandados de prisão.
As penas do padrasto e da mãe foram determinadas com base na continuidade delitiva, considerando o período e o local em que o crime de estupro de vulnerável foi cometido.