Um homem, de 50 anos, foi preso por comercializar remédios sem registro e prescrição médica. Também foram apreendidos 826 fracos, com 12.390 cápsulas do produto Harp 100. A prisão foi feita por agentes da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), na última terça-feira (31).
Em coletiva de imprensa, ocorrida na manhã de hoje (01), o delegado da Denar, Hoffman D’Avila Candido de Souza, explicou que o flagrante ocorreu na tarde de ontem (31), na Agência Central dos Correios, na Rua Vasconcelos Fernandes, próximo a antiga rodoviária.
Segundo o delegado, há três anos, o homem vendia os remédios sob a alegação de que eram fitoterápicos – medicações naturais, feitas à base de plantas – e que serviriam como uma forma de tratamento de dores na coluna, artrite e reumatismo.
O acusado fazia as negociações pela internet e encaminhava para todo o Brasil, por meio dos Correios. “Havia uma investigação em andamento sobre um homem que estaria postando, via Correios, remédios fitoterápicos. Porém, a composição dos remédios não estavam em harmonia com o que ele vendia”.
O homem foi preso e encaminhado à delegacia para prestar depoimento. Os remédios passaram por um exame toxicológico, que indicavam a presença de ibuprofeno e orfenadrina – fármaco da família da morfina.
O acusado alegou que o remédio era manipulado por farmacêutico, que, posteriormente, lhe enviava os frascos. Em depoimento, ele também afirmou que fazia uso da medicação não regulamentada.
Em Campo Grande, a investigação foi iniciada pela Denar, com apoio da Receita Federal e da gerência de segurança dos Correios.
O caso foi registrado como adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Caso de morte
De acordo com Hoffman de Souza, a Polícia Civil de Votuporanga, no Estado de São Paulo, também investiga um caso de morte de um homem que fazia uso do Harp 100. “A pessoa tomou por dois anos e veio a óbito”, explicou o delegado.
Ele também contou que o pai da vítima, que também fazia uso do medicamento, também foi internado com os mesmos sintomas.
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