Falso técnico de informática é preso em Itaquiraí por extorquir mulheres com fotos íntimas desde 2016

Foto: divulgação/MPMS
Foto: divulgação/MPMS

Um falso técnico de informática foi preso preventivamente na última quinta-feira (21) em Itaquiraí, a 405 quilômetros de Campo Grande, durante a 2ª fase da Operação Cyber Fake, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Segundo as investigações, o homem, que não teve o nome divulgado, usava perfis falsos para obter conteúdos íntimos de mulheres e, a partir daí, as extorquia sob a falsa promessa de oferecer serviços de “proteção digital”. O esquema criminoso vinha sendo praticado desde 2016.

Entre as vítimas, está uma adolescente de 16 anos que precisou vender objetos pessoais para conseguir pagar R$ 1 mil ao golpista. Em outro caso, uma mulher chegou a desembolsar R$ 16,8 mil acreditando que teria suas imagens apagadas da internet e suas redes sociais blindadas contra ataques. Mesmo após os pagamentos, porém, as ameaças continuavam.

O golpe

A investigação apontou que o suspeito seguia um padrão para aplicar os golpes. Primeiro, criava perfis falsos em redes sociais, como “Roni Godoi”, “thiagooo_coutinho”, “cr.andromeda”, “crr.andromeda”, “Wesley Lopes” e “Gabriel”. Depois, se passava por um hacker anônimo e ameaçava expor conteúdos íntimos das vítimas. Na sequência, surgia como um “especialista em segurança cibernética” e oferecia serviços de remoção de conteúdo e proteção de contas mediante pagamento.

No caso mais recente, a vítima pagou R$ 13.875 para que as imagens íntimas fossem supostamente removidas, além de R$ 4,8 mil pelo pacote inicial de proteção e R$ 750 por serviços adicionais. Ainda assim, ela continuou sendo chantageada.

De acordo com o MPMS, o homem utilizava diversas identidades digitais fictícias e técnicas de engenharia social para dar credibilidade às ameaças e manter as vítimas em um ciclo contínuo de extorsão. Em maio, a primeira fase da operação já havia cumprido dois mandados de busca contra o investigado. A análise do material apreendido trouxe novas provas, o que levou ao pedido de prisão preventiva.

Nesta segunda etapa, além da prisão, foram cumpridas mais duas ordens judiciais de busca e apreensão. O objetivo, segundo a promotoria, é aprofundar as investigações e coletar evidências que confirmem a extensão dos crimes.

Alerta e denúncias

O MPMS reforça o alerta à população sobre os riscos de compartilhar senhas, fornecer dados pessoais ou permitir acesso a aparelhos em situações suspeitas. O órgão orienta que propostas de “proteção digital” não solicitadas devem ser tratadas com desconfiança.

Denúncias de crimes cibernéticos podem ser feitas de forma anônima pela Ouvidoria do MPMS, no endereço eletrônico ouvidoria.mpms.mp.br.

 

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