Material genético da vítima foi encontrado em fezes de animal capturado dias após o ataque, em Aquidauna
O ataque que matou o caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, em uma fazenda no Pantanal, em abril deste ano, teve a confirmação oficial de autoria. Laudo da Polícia Científica, divulgado nesta sexta-feira (4), revelou que o DNA encontrado nas fezes da onça capturada após o episódio é humano e pertence à vítima.
O exame encerra uma das principais dúvidas do caso, que mobilizou a Polícia Civil e equipes ambientais desde o dia 21 de abril, quando o corpo do trabalhador foi localizado com sinais de violência e marcas de mordida às margens do rio Miranda, em Aquidauana. Um dia depois, mais fragmentos foram achados em uma toca de onça, em área de mata fechada próxima ao local do ataque.
O laudo necroscópico já havia apontado a morte por choque neurogênico agudo, consequência de um trauma na cabeça provocado por mordida de onça-pintada. Ossos e cabelos foram encontrados nas fezes do animal, mas só agora, com a análise genética concluída, foi confirmado que eram de Jorge Avalo.
A onça envolvida foi capturada três dias após o ataque, em 24 de abril, e inicialmente encaminhada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), na Capital. Após três semanas sob cuidados veterinários e recuperação, período em que ganhou 13 quilos, o felino foi transferido ao Instituto Ampara Animal, em São Paulo.
Jorge vivia e trabalhava há 16 anos na mesma fazenda. Segundo conhecidos, já estava acostumado à presença de onças na região.
A Delegacia Regional de Aquidauana segue à frente da investigação, agora com a conclusão técnica sobre a autoria do ataque. O caso é tratado como fatalidade envolvendo animal silvestre, sem indícios de responsabilização penal.
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