Delegado preso na Operação Omertá consegue liberdade

O delegado Márcio Shiro Obara, preso na terceira fase da Operação Omertà, obteve liberdade após decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. Detido desde junho deste ano por ser apontado por crimes como esconder provas durante a investigação do assassinato do policial militar Ilson Martins de Figueiredo, vítima de grupo liderado pelo empresário Jamil Name, ele é investigado por corrupção passiva. Para ser solto, o delegado precisou pagar fiança de R$ 26,1 mil e terá de utilizar tornozeleira eletrônica.

Obara, que estava detido na 3ª Delegacia da Capital, continua proibido de exercer sua função como delegado e está impedido de utilizar armas de fogo. A Justiça, porém, autorizou a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) a encaminhar o delegado para cumprir atividades administrativas, se necessário.

Na decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, fica claro que as investigações apontam que Obara não faz parte do grupo liderado por Jamil Name. “Apesar da gravidade concreta dos crimes apontados, da análise da denúncia, verifica-se que o requerente Márcio Oshiro Obara não integra, nem mesmo em tese, uma das supostas organizações criminosas armadas referidas no bojo da operação Omertà, o que diminui, consideravelmente, o risco que sua liberdade possa causar à ordem pública”, apontou no texto.

O delegado ainda terá de cumprir medidas cautelares como o comparecimento periódico em juízo, não mudar de residência, não sair de Campo Grande sem autorização prévia e cumprir o recolhimento domiciliar.

(Texto: Amanda Amorim/ Publicado por João Fernandes)

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