Caso Vitória: Reconstituição comprova que suspeito recebeu ajuda para carregar o corpo

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Foto: Reprodução/Facebook

Polícia Civil de Ivinhema, município a 289 quilômetros de Campo Grande, realizou na manhã desta quinta-feira (3), a reconstituição do feminicídio da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, de 15 anos, asfixiada até a morte em 25 de janeiro. Três pessoas suspeitas de cometer o crime estão presas desde o dia 29 do último mês.

A reconstituição do caso foi solicitada pelo delegado Felipe Alvarez Madeira, responsável pela investigação, e tem o objetivo de esclarecer detalhes sobre o crime como a participação de cada suspeito.

“Poderemos entender como se deu a captura da vítima, além de acompanhar o trajeto realizado – desde a casa em que foi assassinada até onde teve seu corpo descartado. Principalmente, entender como uma adolescente de 48 kg pôde ser carregada por apenas um integrante. Isso nos mostrará que, de fato, a ajuda de terceiros poderia ter sido indispensável”, destacou o delegado.

A ação contou com a participação de agentes de polícia civil e a presença de um dos acusados do crime, que estava com uniforme do presídio e colete à prova de balas.

Conforme o site Ivinoticias, durante a reconstituição, foram utilizados policiais com características físicas idênticas às dos envolvidos, além de duas testemunhas oculares que prestaram depoimento na delegacia. Os outros dois suspeitos do crime se recusaram a participar.

Os policiais civis refizeram toda trajetória da adolescente da saída de sua casa até a casa do vizinho, seguindo para o local do feminicídio e o percurso realizado para que o corpo fosse carregado até o local em que foi encontrado. A partir disso, foram esclarecidos pontos específicos do caso como a impossibilidade de uma pessoa carregar sozinha o corpo da adolescente, que pesava cerca de 50 kg.

Três policiais se revezaram para carregar o corpo ao longo do trajeto de mais de 2 quilômetros. Os agentes apresentaram dificuldade devido a irregularidade do terreno, passando por estrada de terra, transposição de cerca, mata e brejo.

Com a reconstituição do crime, o caso contará com uma nova prova criminal que auxiliará no julgamento dos acusados. Até então os outros dois presos alegam ser inocentes e preferiram manter silêncio durante a etapa de depoimentos.

“A reprodução simulada dos fatos é gravada e serve de prova. Assim como nós, agentes da polícia e peritos criminais, o júri também entenderá toda a dinâmica do assassinato por meio dela”, destacou o delegado Madeira.

Feminicídio

Vitória Caroline de Oliveira desapareceu em 25 de janeiro, em Ivinhema. A vítima foi encontrada morta após três dias e três homens foram presos por suspeita de envolvimento no crime. Um deles confessou que a jovem foi morta no mesmo bairro onde morava e que o corpo foi carregado para outro local.

Após o laudo, houve a confirmação de que a adolescente foi asfixiada por estrangulamento até a morte, seu corpo foi encontrado enterrado em um área de brejo em Ivinhema.

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