Banco genético pode identificar mais de 3 mil desaparecidos

Titular da DEH, delegado Carlos Delano. (Foto: Geliel Oliveira)
Titular da DEH, delegado Carlos Delano. (Foto: Geliel Oliveira)

Mato Grosso do Sul registrou somente nos últimos cinco anos mais de 8 mil ocorrências de desaparecidos, de todos os casos, 3.284 deles foram registrados em Campo Grande, e para auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas, a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) segue com a campanha nacional de coleta de DNA, alimentando o BNPG (Banco Nacional de Perfis Genéticos).

Em entrevista ao O Estado Play, o titular da DEH, delegado Carlos Delano, explicou que a implantação do banco de dados faz com que os familiares entreguem a um banco nacional a amostragem de DNA. Da mesma forma, o IML (Instituto Médico Legal), pode cadastrar o DNA de pessoas não identificadas neste mesmo banco de dados para serem automaticamente confrontados.

“Muitas vezes são encontrados restos mortais dos quais não se consegue uma identificação pelo estado encontrado, às vezes esqueletizado, eventualmente uma dessas pessoas pode ser um desaparecido”, explica o titular da DEH.

Para Delano, o desaparecimento de pessoas é um problema de segurança pública, já que todo desaparecimento pode ser potencialmente um crime. “Durante muito tempo as buscas foram realizadas de uma forma muito analógica, usando a reconstituição de passos e busca por informação por exemplo, isso tem uma série de dificuldades e infelizmente nem sempre as pessoas são encontradas”, afirma o delegado.

As instruções para todo familiar que tem uma pessoa desaparecida, é de procurar uma delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência para futuramente ser encaminhada para a delegacia de homicídios.

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