Briga por “boca de fumo”, teria motivado execução que acabou matando dois adolescentes Silas Ortiz Grizakay e Aysla Carolina de Oliveira Neitzke, ambos de 13 anos, que ocorreu na noite de sexta-feira (3) no bairro Jardim das Hortências, em Campo Grande.
Guilherme Scucuglia delegado do Garras (Delegacia de Repressão Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), enfatizou que a ordem para a matar o alvo saiu dentro do Presídio de Segurança Máxima. ” Briga por disputa de pequenas bocas de fumo foi estopim. Traficantes estão brigando por espaço em algumas áreas de periferia de Campo Grande”, comentou.
Em menos de 48 h, Choque e Garras prenderam três suspeitos dois de 18 anos e um de 40 anos acusados de envolvimento na morte dos menores que morreram por engano. Homem de 18 anos acusado de dirigir a motocicleta envolvida na execução foi preso na Vila Jacy, outro suspeito de 18 anos foi preso no Jardim das Hotências. Além disso motorista de aplicativo de 40 anos acusado de ficar esperando os executados para facilitar a fuga também foi preso.
Na tarde desta segunda-feira (06), o acusado de 19 anos de disparar contra os menores se apresentou acompanhado de um advogado no Garras. Suspeito não levou a arma do crime e ressaltou que não possui armamento.
De acordo com as investigações, arma usada no crime é do homem que está preso e teria ficado com o suspeito que se entregou. Mesmo se entregando ele vai ficar preso, adiantou o delegado.
Também de acordo com o delegado de polícia do Garras, Pedro Cunha com ajuda da polícia penal foi realizada uma vistoria dentro da Máxima para encontrar possíveis aparelhos celulares que facilitaram na ordem que partiu de dentro do presídio, mas nada foi encontrado.
” O que se saber até o momento é que a ordem partiu de um interno que comanda o tráfico de drogas na região das Moreninhas, Aero Rancho e Hortências. O crime foi premeditado semanas antes, horas antes que antecedeu a execução uma reunião foi feita na casa de um dos suspeitos para alinhar qual seria a função de cada integrante”, pontuou Pedro Cunha.
Também nesta segunda-feira (06), o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, enfatizou que os três presos não se mostraram arrependidos de matar dois menores inocentes que não tinha envolvimento com o crime.
Choque em ação conjunto com o Garras identificou e capturou os criminosos motivo é dívida de drogas entre os traficantes, o alvo estava devendo para o mandante do crime. Infelizmente dois inocentes acabaram morrendo de forma brutal”, pontuou.
Ainda de acordo com Rocha, ambos os suspeitos têm passagens pela polícia. “Todos com extensa ficha criminal, começando desde adolescência com pequenos furtos e após completa 18 anos tráfico e homicídio”, disse.
Por Thays Schneider