Após prisão de suposto pai de santo, instituição nega filiação e repudia ato ‘desnecessário’

Suposto 'pai de santo' chegando na delegacia
Foto: Chame a imprensa
Suposto 'pai de santo' chegando na delegacia Foto: Chame a imprensa

Após a prisão em flagrante de um ‘suposto pai de santo’, na manhã de hoje (22), por estupro de vulnerável, em um atendimento espiritual, A Federação das Religiões de Povos de Terreiro de Mato Grosso do Sul – Ajô Nilê, se posicionou sobre o caso e publicou em uma rede social, nota de repúdio ao fato que aconteceu, na noite de ontem (21, no Bairro Zé Pereira, em Campo Grande.

No texto assinado pelo presidente e diretoria executiva da instituição, a Federação afirma que o suposto ‘pai de santo’, não é filiado e que não há registro oficial de que o homem de 63 anos, seja sacerdote da religião.

“Primeiramente, informamos que este suposto “pai de santo” com 63 anos de idade, não é filiado desta Federação e tão pouco sabe-se se o mesmo é realmente Sacerdote de Umbanda, uma vez que tanto a religião de Umbanda, quanto seus adeptos jamais cometeriam uma atrocidade desta monta”, diz parte da nota de repúdio.

Alegações do autor 

Sobre as alegações do homem preso, a instituição explica a forma que as entidades trabalham ao aparelhar em qualquer médium. “É importante ressaltar Caboclos, Pretos Velhos, Exus, e demais espíritos que se manifestam na seara Umbandista, são entidades de luz, que vem para promover sempre o bem, a cura, a boa palavra aos consulentes. A Umbanda é a manifestação do Espírito para a prática da caridade, e por essa razão, nem as entidades de Umbanda, nem os Orixás no Candomblé, praticariam um ato tão sórdido”, explica a nota de repúdio.

Ainda sobre o ato onde houve o abuso, a nota diz não haver necessidade dentro da tradição religiosa de se tocar nas pessoas que procuram pelos atendimentos.”Importante ressaltar que não é necessário tocar na pessoa para dar um passe e/ou tirar qualquer negatividade, ainda mais em partes íntimas, sejam de Homens, Mulheres, Crianças e/ou Idosos. Portanto, a Federação Ajô Nilê repudia veementemente o fato ocorrido, devendo esta pessoa responder criminalmente pelo ato cometido em face da jovem que sofreu o abuso sexual”, repudia a Federação.

O caso

Um homem, de 63 anos, foi preso em flagrante após estuprar uma adolescente de 15 anos. O crime ocorreu na segunda-feira (21), durante uma sessão individual em centro espírita, no Bairro Almeida Lima, na região do Jardim Zé Pereira, na Capital.

A mãe da vítima informou aos policiais que ela participou da sessão individual voluntariamente. No entanto, após a sessão, a adolescente saiu extremamente nervosa e contou que havia sido tocada em sua genitália pelo autor. O homem também teria forçado a adolescente a masturbá-lo.

Segundo o relato da vítima, o homem disse que ela não deveria contar nada a ninguém. Após ter chorado muito, a vítima conseguiu contar o ocorrido à mãe, que imediatamente acionou a Polícia Militar. A mãe afirmou que a adolescete é virgem e nunca teve nenhum tipo de relacionamento amoroso.

O autor foi preso em flagrante e submetido a um interrogatório policial. Ao ser indagado sobre o ocorrido, o acusado alega que não se recorda de ter praticado o ato, sob a justificativa de que estava “incorporado” por uma entidade.

Com informações da repórter Mylena Fraiha.

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