Município é líder em número de mortes de indígenas por COVID-19
Mesmo com a saúde indígena em colapso em função da COV ID-19, o secretário nacional da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Robson Santos da Silva, barrou nesta terça-feira (18), a atuação da organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) na Terra Indígena Taunay Ipegue, em Aquidauana.
Segundo as lideranças indígenas, o acordo já firmado com os caciques anteriormente continua valendo para a entrada dos voluntários, mas, para isso, a União precisa liberar a entrada do grupo. A Sesai aguarda a apresentação de documentos solicitados para o grupo voluntário e, até lá, não há previsão de quando as equipes vão iniciar os atendimentos. O município lidera no número de infectados e mortes de indígenas por COVID-19.
Conforme a assessoria da prefeitura de Aquidauana, a proibição dos trabalhos voluntários nas comunidades é uma questão que só pode ser discutida em âmbito estadual e nacional. Mesmo com a proibição da Sesai, a atuação do MSF continua nos hospitais do município. Com isso, a ajuda da organização está limitada nas unidades de saúde da cidade enquanto a União vai definir quando vão agir nas aldeias.
Por sua vez, a secretaria nacional afirmou que conta com parcerias para reduzir o contágio da COVID-19 nas comunidades indígenas. Além disso, foi informado que a Sesai orientou o DSEI-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena Mato Grosso do Sul) a aceitar a ajuda ofertada pelos voluntários, mas, para isso, “foram solicitadas informações como nome, CPF e os registros profissionais, incluindo-se o CRM para os médicos, das pessoas que atuariam na área”. Portanto, o processo está dependendo da apresentação dos documentos, como a assessoria explicou para a reportagem. Aquidauana é líder em morte indígena.
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(Mariana Moreira com Raiane Carneiro)