Toque de recolher se mantém às 20h, mas restaurantes voltam

Marquinhos defendeu a medida citando aumento de acidentes com deliveries

O toque de recolher às 20 horas tem previsão inicial para término amanhã (31), porém, o prefeito Marquinhos Trad definiu que a medida será mantida, sem detalhar um prazo para o encerramento, e o anúncio do aumento do decreto deve ser realizado nessa sexta- feira no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). Porém, diferente dos últimos dois fins de semanas, os serviços essenciais devem ser retomados.

“No sábado e domingo, restaurantes até as 21h, o toque de recolher a partir das 20h, existem estudos que pedem a antecipação para 18h, pois as pessoas teriam adiantado os happy hours e estariam ‘curtindo’ nas ruas até as 20 h, mas ainda não é nada em definitivo”, revelou ontem (29) durante transmissão via Facebook.

A decisão em manter o comércio aberto está ligada ao aumento no número de acidentes de trânsito que envolvam motociclistas. De acordo com o prefeito, durante as fiscalizações foram identificados diversos entregadores que não possuem CNH, mas alegam ser a única fonte de renda disponível durante a pandemia. “Os acidentes de motos aumentaram 58% dentro de Campo Grande. Questionaram que nós tínhamos fechado os restaurantes, ficou só o delivery, então cresceu a contratação de motociclistas e essa falta de intimidade com a moto pode provocar acidentes”, pontuou.

A reabertura do comércio está ligada à tentativa da prefeitura de reduzir o número de acidentes de trânsito, pois grande parte daqueles que ocupam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) está relacionada a traumas, que além dos acidentes englobam também feridos por armas de fogo e brancas, e vítimas de acidentes caseiros. Fatores que nos últimos dias tiveram um aumento significativo e levaram, inclusive, à superlotação do maior hospital de MS, a Santa Casa.

“A cada 100 leitos, 40% são de COVID-19, 37% por trauma e os outros 23% são vítimas de causas naturais. Como o vírus não dá pra reduzir e, nós temos tentado máximo, as causas naturais nós não temos controle, onde nós podemos tentar reduzir são nos traumas que são provocadas pelos seres humanos”, apontou.

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(Texto: Amanda Amorim e Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)

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