A rainha britânica Elizabeth 2ª, 94 anos, e seu marido, o príncipe Philip, 99, não receberão tratamento preferencial na vacinação contra a COVID-19, que acontece a partir desta terça-feira (8) em todo o Reino Unido.
Em vez disso, os membros da realeza terão de “esperar na fila” durante a primeira onda de vacinas, que serão destinadas para idosos acima de 80 anos e profissionais de saúde. Segundo informações do jornal “Daily Mail”, Elizabeth e Philip receberão a vacina “em algumas semanas”, mas seguindo o calendário do governo britânico.
Os outros membros da família real britânico também não terão prioridade em relação à vacinação. O duque e a duquesa de Cambridge, William e Kate Middleton, só terão acesso no próximo ano, de acordo com o jornal britânico.
Ainda segundo a publicação, o Natal da família real, comemorado no próximo dia 25, será diferente. Eles também não tirarão vantagens das restrições contra a pandemia. O casal real – a rainha Elizabeth 2ª e o príncipe Philip – poderá passar o feriado sem nenhum dos quatro filhos pela primeira vez desde 1949.
Recentemente o príncipe britânico Harry sugeriu que a pandemia de coronavírus seria “um castigo da natureza”. Ele falou durante uma conversa sobre meio ambiente com o presidente-executivo de uma plataforma de streaming para documentários climáticos na semana passada (3).
“Alguém me disse no início da pandemia, é quase como se a mãe natureza nos mandasse para nossos quartos por mau comportamento, para realmente parar um momento e pensar sobre o que fizemos”, disse Harry. “Isso certamente me lembrou de como todos nós estamos interconectados, não apenas como pessoas, mas através da natureza. Tiramos muito dela e raramente retribuímos muito.”
800 mil doses
Matt Hancock, o ministro da Saúde do Reino Unido, frisou que é “um momento histórico”. Aproximadamente 800 mil doses devem estar disponíveis já na primeira semana. A imunização em massa dos ingleses com mais de 50 anos e adultos com alguma doença preexistente deve ocorrer em 2021.
O Reino Unido comprou 40 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech. Como são necessárias duas doses por pessoa, 20 milhões de cidadãos serão imunizados. O país se tonou o primeiro a anunciar a aprovação da vacina da Pfizer na quarta-feira (2).
Em nota publicada também na quarta, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido alegou que a aprovação da vacina ocorreu com base em uma “revisão contínua” dos dados que foi iniciada em outubro.
No Brasil ainda não houve acordo com a Pfizer/BioNTech para adquirir os imunizantes. A vacina da empresa é uma das quatro aprovadas para testes. Em novembro, executivos da Pfizer foram recebidos por membros do governo brasileiro para, segundo o Ministério da Saúde, “conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”.
(Com informações: Metrópoles)