Cassems reativa hospital de campanha para pacientes com Covid19

Unidade se aproxima do colapso com demanda crescente desde novembro

Exatos três meses depois de fechar alas de emergência separadas para pacientes com coronavírus, o Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) começou a remontar sua estrutura de campanha em sua unidade da Capital, no Carandá Bosque, diante da segunda onda da pandemia de COVID-19.

Assim como da outra vez, a estrutura será montada do lado externo do hospital e contará com 30 leitos de uso para contaminados que precisem da UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A montagem começou a ser feita no último domingo (6) e por enquanto a nova estrutura ainda não tem data prevista para ser usada.

A primeira etapa do hospital de campanha começou a funcionar no dia 23 de março. A tenda do lado externo continuou a receber pessoas com sintomas respiratórios e agora, ganhará vagas para pacientes graves.

A Cassems anuncia a medida menos de um mês depois de revelar que ligara o alerta para o aumento de atendimentos relativos ao coronavírus. O complexo hospitalar relatou que atendeu 83% a mais de pacientes suspeitos ou que contraíram a doença na primeira quinzena de novembro em relação ao mesmo período no mês passado.

Há risco de colapso do sistema. Ou seja, falta de leitos para atender a demanda de pacientes com COVID-19.

Dados do portal Mais Saúde mostram que o Hospital Cassems na Capital, que estava próximo da lotação, ampliou o número de leitos UTI para COVID-19 de 30 para 44. Dos 44 leitos de UTI disponíveis para pacientes com coronavírus, 30 estão ocupados. O resultado é uma taxa de lotação de 68%.

Por meio de nota, a Cassems informou que a média diária de atendimentos para casos do tipo no dia 2 de novembro era de 35. O número saltou para 70 no dia 9 e chegou a 104 no dia 16.

Com isso, o “hospital decidiu retomar medidas preventivas que já haviam sido flexibilizadas, como a suspensão de visitar aos pacientes internados”.

Ainda de acordo com a Cassems, em 21 de novembro, 90% dos leitos dedicados para casos graves de coronavírus já estavam ocupados.

A Cassems atende apenas a servidores públicos de órgãos estaduais. Na Capital, além de leitos na rede privada –como hospitais como o da Unimed–, há os leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) e da rede conveniada. São 312 no total apenas em UTIs, dos quais 259 estão em hospitais públicos e o restante nos privados, fornecidos ao SUS ou contratados diretamente.

Desse montante, até o início dessa segunda onda, eram 37 leitos de UTI reservados ao coronavírus.

(Texto: Rafael Ribeiro)

https://oestadoonline.com.br/2020/12/08/prefeitura-libera-eventos-com-lotacao-de-40/

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