Portugal desaconselha vacina de Oxford para idosos com mais de 65 anos

Nesta segunda-feira (08) a Direção Geral da Saúde de Portugal (DGS) emitiu um parecer desaconselhando o uso da vacina da AstraZeneca/Oxford em idosos com mais de 65 anos. “até novos dados esttarem disponíveis”. O imunizante é o 3º autorizado na Europa, depois dos desenvolvidos por Pfizer/BioNTech e Moderna.

Apesar da recomendação, o órgão diz que “em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada” se apenas o imunizante da AstraZeneca/Oxford estiver disponível.

Brasil recebeu nesse domingo (07) o 1º lote da vacina da AstraZeneca/Oxford, com 43.200 doses. Segundo o Our World in Data, Portugal já vacinou quase 380 mil pessoas –uma taxa de 3,7 doses para cada 100 habitantes.

Dessa forma a falta de estudo dos efeitos da vacina em pessoas mais velhas já levou outros países europeus, como Alemanha e Itália, a não recomendarem a aplicação nessa parcela da população. A maioria dos participantes do estudo clínico tinha de 18 a 55 anos.

A vacina da AstraZeneca/Oxford usa um adenovírus modificado, que tem um pedaço do material genético do Sars-Cov-2, coronavírus responsável pela covid-19. Ele induz o sistema imunológico humano a produzir anticorpos para combater a doença.

Sendo assim são necessárias duas doses, com intervalo de 4 semanas entre elas. O imunizante pode ser armazenado por até 6 meses em refrigeradores comuns.

A Universidade de Oxford divulgou em 2 de fevereiro que o imunizante tem eficácia de 76% de 22 dias a 90 dias da aplicação da 1ª dose. As informações foram publicadas na revista médica The Lancet. Os pesquisadores ainda revelaram que a vacina é capaz de retardar substancialmente a transmissão do coronavírus.

Eles mediram o impacto na transmissão por meio de testagens semanais nos participantes do ensaio clínico para detectar a presença do vírus em amostras microbiológicas retiradas do nariz e da garganta.

Sem a presença do vírus nessas amostras, a pessoa não é capaz de transmitir a doença, mesmo que esteja infectada. Os pesquisadores verificaram redução de 67% nos testes positivos entre os vacinados.

(Com informações: Poder360)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *