Estado registrou 862 vítimas do novo coronavírus neste ano, sendo que 452 morreram no último mês
Perto dos 50 mil casos confirmados, agosto terminou com recorde no número de mortes pelo coronavírus no Estado. Conforme divulgado ontem (31) pela SES (Secretaria do Estado de Saúde), Mato Grosso do Sul registrou 862 mortes pela COVID-19 em toda a pandemia, sendo 452 só no último mês, 42 a mais do que a soma dos outros meses. Apesar do resultado negativo, saúde espera um declínio com colaboração do poder público e apoio da população.
O Estado já registrou 48.937 confirmações do vírus, a média móvel de casos confirmados nos últimos sete dias é de 839 casos ao dia. Apesar dos números serem altos, a médica infectologista Mariana Croda, acredita em um declínio para o próximo mês. Segundo ela, se a população manter as medidas de prevenção e não flexibilizar, resultados positivos serão vistos após os próximos 14 dias. “O mês de agosto era o mês mais temido da pandemia, muito se falava de pico neste mês, mas a gente só sabe se atingiu o platô quando a gente começa a cair, tanto no número de mortes quando o número de internados, mas isso só deve se confirmar após os próximos 14 dias”, explicou.
Mariana enfatiza que é esperado para setembro registros menores que no mês de agosto, mas que, para isso é necessário um comportamento adequado da população. “Esperamos não registrar em setembro tantas mortes como em agosto, o medo é estabilizar em alta assim como o país, então as pessoas não podem entender que a pandemia acabou e flexibilizarem ainda mais e a gente não conseguir descer esses números”, comentou. Apesar dos resultados, Croda destaca a eficiência dos serviços de saúde e reafirma que para a população voltar a ter qualidade de vida é necessário colaboração de todos. “Agora é a hora de readotarmos medidas restritivas impostas lá atrás, para descer o número de casos e mortes e restabelecer a vida o mais breve”, pontuou a infectologista.
Monitoramento, rastreamento e testagem em massa
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, também destacou a falta de colaboração da população e relutância dos gestores municipais a não seguirem o que recomenda o Prosseguir para auxiliar na diminuição dos casos da COVID-19 no Estado. Segundo o secretário, ainda faltam medidas mais duras que levem a restrições e controle da pandemia.
“Não dá para negar que estamos com circulação viral em Mato Grosso do Sul, municípios que já tinham contido surto voltaram aumentar. Enquanto não diminuirmos a incidência dos casos nessas cidades onde estão os maiores registros, não vamos ter controle da doença”, apontou.
O secretário explicou que mesmo com uma desaceleração, para o controle da doença, é necessário um serviço de monitoramento dos casos positivos, o rastreamento dos contatos de contaminados e de contaminantes. “Estamos em uma estabilidade alta, nem crescimento vertiginoso nem decaimento, e para que tenhamos um declínio efetivo precisamos de monitoramento e rastreamento e testagem em massa, colocando as pessoas em isolamento. É isso que faz com que a gente persista neste patamar elevado de casos aqui no Mato Grosso do Sul”, comentou.
Aumento em quase 60% as mortes na Capital
Campo Grande é o epicentro da pandemia no Estado e tem cerca de 21.334 contaminados. Só em agosto foram 211 mortes da COVID-19, 59,8% a mais do que em julho que registrou 132. A média móvel dos casos confirmados nos últimos sete dias é de 382 casos ao dia. Além da Capital, outros municípios acumulam grande número de casos de coronavírus. Até ontem (31), entre os maiores registros, estão Dourados, com 5.532, Corumbá, com 2.634, Sidrolândia, com 1.708 e Aquidauana, com 1.503.
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